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A sede da Editora Três, responsável pela publicação da IstoÉ, foi alvo de um ataque depois da última edição impressa da revista. Na capa da edição de 15 de outubro, a publicação compara o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista na 1ª metade do século 20.

O ataque aconteceu no final da noite de 4ª feira (20.out.2021) na Lapa, em São Paulo, e foi revelado pela própria revista na 5ª feira (21.out). A sede da empresa foi pichada e cartazes foram colados nas paredes com insultos a diretores da editora.

Em um comunicado, a IstoÉ repudiou o ataque criminoso. “As pichações e os cartazes visaram não apenas danos ao patrimônio, mas também a honra de diretores das publicações, uma atitude intolerável.”

A capa da IstoÉ mostra Bolsonaro com um bigode característico de Hitler em que se lê “genocida”. A manchete é: “As práticas abomináveis do mercador da morte”. Nos cartazes, o rosto de um integrante da empresa aparece no lugar do presidente. As frases da capa também foram trocadas para “sou vacilão” e “mercador de merda”.

A Editora Três acionou a polícia que está investigando o ataque.

A ANJ (Associação Nacional de Jornais), a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a ANER (Associação Nacional de Editores de Revistas) repudiaram o ataque. Em nota conjunta, as associações afirmaram que o episódio representa “ações antidemocráticas, que não podem ser toleradas em um país em que a Constituição preza pelos direitos à liberdade de imprensa e de expressão.”

A Editora Três também caracterizou as ações como uma ameaça à liberdade de expressão e à imprensa livre. “Elas têm o objetivo de intimidar, mas não terão sucesso. A intolerância, o fanatismo e a covardia de grupos extremistas serão combatidos pelo bem da estabilidade democrática.”

Na reportagem da edição alvo de ataques e críticas, a revista traz uma em que descreve a gestão da pandemia como uma “catástrofe” perpetrada por Bolsonaro e “seus asseclas”. Também afirma que o presidente defendeu a eugenia, em referência às declarações sobre a morte de “velhos”. 


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