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Parlamentares da oposição começaram a se articular para avançar nas investigações sobre empresas privadas do ministro da Economia, Paulo Guedes, em paraísos fiscais. O movimento mais recente veio da bancada do Psol na Câmara dos Deputados que ingressou um requerimento, na terça-feira (5), para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre benefícios indevidos de investimentos pessoais feitos pelo ministro.

No documento, os parlamentares ressaltam a importância de apurar os ganhos do ministro com, por exemplo, alta na taxa de câmbio desde 2019 - quando assumiu a pasta da Economia. Além disso, está no radar dos parlamentares a tomada de decisões, enquanto agente público, que impactam diretamente os ganhos dele na empresa.

"Devido à alta de 39% da taxa de câmbio desde que virou ministro, os R$ 9,55 milhões de dólares de Guedes e sua família guardados no paraíso fiscal tiveram uma valorização massiva em reais: um ganho de R$ 14,5 milhões a mais do que valiam antes de ele assumir o cargo", justifica a bancada.

Entre as denúncias, requerem investigar sobre os supostos crimes de conflito de interesse, manipulação da economia para benefício próprio, improbidade administrativa e evasão fiscal.

Os deputados também citam o caso do ex-primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que era acionista de uma offshore junto ao seu pai no Panamá. Cameron se demitiu cerca de três meses depois de admitir as empresas em paraíso fiscal.

"É fundamental ressaltar que em 2016, o escândalo dos Panama Papers revelou dados financeiros de milhares de offshores – tal qual o Pandora Papers – e finalizou a carreira política do então primeiro-ministro David Cameron, do Reino Unido, ao revelar que ele era acionista de uma offshore criada por seu pai no Panamá. A opinião pública não o perdoou pelo fato de manter dinheiro no exterior a salvo dos tributos cobrados dos demais cidadãos britânicos", escreveram.

O requerimento inicia agora a fase de recolhimento de assinaturas. São necessárias 171 para que a CPI seja aprovada pela casa.

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