A situação econômica do Brasil está pior nos últimos meses para 69% dos brasileiros e melhor para 20%. Outros 11% acreditam que ela está da mesma forma.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta 2ª feira (20.set.2021) pela Folha de S.Paulo mostra que, mesmo entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a sensação de piora prevalece.
Para 36% dos favoráveis ao governo, a economia piorou. Há empate técnico, dentro da margem de erro, com aqueles que dizem que a situação está igual (32%). Outros 31% disseram que a situação é melhor agora.
O Datafolha ouviu, de forma presencial, 3.667 brasileiros em 190 municípios, de 13 a 15 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A percentagem de pessoas que disseram que a situação piorou é próxima dos maiores valores registrados em pesquisas feitas em governos anteriores.
Em 2015, durante o 2º mandato de Dilma Rousseff (PT), eram 82% os que viam piora econômica. Em junho de 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), a percentagem era de 72%. Essa é a 1ª vez que a pergunta é feita depois do início da pandemia. No governo Bolsonaro, a questão foi colocada em pesquisas de 2019. O resultado ficou em torno de 35%.
Especialistas ouvidos pelo Poder360 disseram que a situação econômica do Brasil é muito negativa no momento. Segundo eles, o custo de vida para os mais pobres aumentou nos pontos mais básicos, como a alimentação. É o que declarou Felipe Salto, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada ao Senado.
“Estamos com uma inflação muito pressionada”, afirma. “Itens importantes na cesta de consumo do brasileiro mais pobre e do brasileiro médio estão aumentando ainda mais. Isso corrói a renda.”
O Datafolha questionou os entrevistados se a situação econômica vai melhorar, piorar ou ficar como está nos próximos meses. Para 39%, vai piorar. Para 28%, melhorar. Outros 30% disseram que fica como está.
Poder 360
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