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Apesar da decisão da Executiva Nacional do PSDB de ir para a oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a mudança não é unânime na sigla. O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), presidente do Instituto Teotônio Vilela, afirmou não concordar com a decisão.

“Não penso que fazer uma oposição sistemática a Bolsonaro, ao modelo que o PT faz, seja o papel que eu deva cumprir”, disse Cunha Lima em entrevista à Rádio Correio FM na 2ª feira (13.set.2021). “Claro que o governo merece críticas em vários pontos. A condução na pandemia merece uma crítica e a gestão que o governo faz na educação não é eficiente. De resto, não vou fazer oposição de quanto pior, melhor.”

O Instituto Teotônio Vilela, ao qual Cunha Lima preside, é um centro de formação política. Ele já foi comandado por nomes importantes do PSDB, como José Aníbal e o senador Tasso Jereissati.

A decisão da Executiva Nacional de migrar de uma posição de independência para oposição ocorreu em 8 de setembro. Entre os integrantes da Executiva, a decisão foi unânime, depois dos atos de 7 de Setembro pró-governo. Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “canalha” e disse que decisões “inconstitucionais” não se cumprem.

Mas as decisões da Executiva Nacional sobre Bolsonaro já foram desconsideradas anteriormente pelos seus deputados na Câmara dos Deputados. Em agosto, o PSDB passou a considerar punir os congressistas que votaram a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso.

Antes da votação, os comandantes do partido se reuniram e decidiram não apoiar a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Mas a decisão não foi seguida por 14 deputados. Na ocasião, Cunha Lima seguiu a determinação do partido, assim como outros 16 congressistas.

O voto impresso acabou sendo barrado na Câmara, uma derrota para Bolsonaro. 

A possível punição para os tucanos que não seguiram a Executiva é um valor menor do fundo eleitoral. A ideia seria o PSDB pagar um valor extra do fundo eleitoral aos 17 congressistas que seguiram a orientação do partido, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.

Poder 360


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