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Em evento promovido pelo banco BTG, Roberto Campos Neto destacou que a inflação brasileira foi prejudicada pela alta das commodities. Já o presidente da Petrobras afirmou que a empresa não repassa as oscilações pontuais dos preços internacionais do petróleo.


Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central — Foto: Reuters


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (14) que o aumento de preços praticado pela Petrobras ocorre de forma mais rápida do que em outros países.

Em evento promovido pelo banco BTG Pactual, Campos Neto afirmou que a inflação brasileira foi afetada pelo avanços dos preços das commodities — no acumulado em 12 meses até agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 9,68%, acima do centro da meta do governo (3,75%).

"A parte de passar esse preço de commodities para o preço interno no Brasil é um pouco mais rápida, lembrando que a Petrobras, por exemplo, passa preços muito mais rápido do que grande parte dos outros países", disse Campos Neto.

O aumento do valor do combustível nos postos tem sido um dos vilões da inflação brasileira. Quando aumenta o preço da gasolina e do diesel nas refinarias, a Petrobras diz seguir a cotação do petróleo no mercado internacional e a variação cambial.

Também nesta quarta-feira, o presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna, afirmou, no plenário da Câmara dos Deputados, que a empresa não repassa as oscilações pontuais dos preços internacionais do petróleo para o valor dos combustíveis no Brasil.

Segundo Silva e Luna, primeiro a empresa verifica se o aumento é estrutural — ou seja, se tem um caráter mais permanente —, ou se é conjuntural (passageiro).


Alta dos juros

Campos Neto também disse que o Banco Central fará o que for preciso para levar a inflação para as metas em meio ao avanço de preços na economia brasileira, mas frisou que isso não significa que o BC reagirá sempre a dados novos.

"Quando a gente fala 'whatever it takes' (o que for necessário) basicamente a gente está querendo dizer o seguinte: a gente tem um instrumento na mão que vai ser usado da forma como ele precisa ser usado e a gente entende que a gente pode levar a Selic até onde precisar ser levada para que a gente tenha uma convergência da meta no horizonte relevante", afirmou. 


*G1

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