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 O ministro do Supremo Tribunal Federal  (STF) Alexandre de Moraes aceitou na quarta-feira (4) o pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa da live nas redes sociais em que ele fez acusações sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. 

Moraes recebeu a notícia-crime feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acusa o presidente de ter espalhado informações falsas e ataques contras as instituições, em especial ao ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE. 

Também serão ouvidas como testemunhas outras pessoas que estavam presentes na transmissão feita por Bolsonaro. Entre eles, encontra-se o minsitro da Justiça, Anderson Torrres.  

A investigação terá início imediato, será sigilosa e incluída no inquérito das "Fake News", também nas mãos de Moraes. O ministro do Supremo pediu para a Polícia Federal a trascrição completa da live da última quinta-feita (29).

Em sua tradicional live, Bolsonaro disse ter "suspeitas" sobre a lisura das eleições brasileiras, apesar de admitir não ter provas. Como resposta, o TSE decidu abrir uma portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra o presidente e pedir para incluí-li no inquérito das "Fake News", agora acatado por Moraes. 

"A partir de afirmações falsas, reiteradamente repetidas por meio de mídias sociais e assemelhadas, formula-se uma narrativa que, a um só tempo, deslegitima as instituições democráticas e estimula que grupos de apoiadores ataquem pessoalmente pessoas que representam as instituições, pretendendo sua destituição e substituição por outras alinhadas ao grupo político do Presidente", diz o despacho de Moraes. 

"As condutas noticiadas, portanto, configuram, em tese, os crimes previstos nos arts. 138 (calúnia), 139 (difamação), 140 (injúria), 286 (incitação ao crime), 287 (apologia ao crime ou criminoso), 288 (associação criminosa), 339 (denunciação caluniosa), todos do Código Penal, bem como os delitos previstos nos arts. 17, 22, I, e 23, I, da Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83) e o previsto no arts. 326-A da Lei 4.737/65 (Código Eleitoral)", complementa a decisão do ministro do STF.  

Em sua tradicional live, Bolsonaro disse ter "suspeitas" sobre a lisura das eleições brasileiras, apesar de admitir não ter provas. Como resposta, o TSE decidu abrir uma portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra o presidente e pedir para incluí-li no inquérito das "Fake News", agora acatado por Moraes.

Mais ameaças de Bolsonaro

Após ser incluído pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das fake news, o presidente Jair Bolsonaro reagiu ameaçando agir fora "das quatro linhas" da Constituição Federal. A declaração foi dada em entrevista à rádio Jovem Pan na última quarta-feira (4).

"Sou presidente 24 horas por dia. O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas", afirmou o presidente.

Bolsonaro disse que o inquérito é ilegal, uma vez que "não há embasamento jurídico". Segundo ele, o procedimento deveria ter começado pelo Ministério Público. Ainda na entrevista, afirmou que não será "intimidado" pelo inquérito.

Com informações da CNN e Congresso em Foco


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