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O Rio Grande do Norte foi o estado brasileiro que registrou o maior aumento no consumo de energia elétrica no mês de julho. Foram 732 megawatts médios consumidos, volume 12% maior que o registrado no mesmo período de 2020.

O estado também lidera o ranking dos que mais tiveram aumento do consumo em comparação com o último ano. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

"Isso se deu em função de algumas características muito próprias desse período. Ano passado, nós passamos por um período de bastante restrição em função do isolamento social. Conforme avançou-se ao longo do ano passado, o setor produtivo começou a se adaptar cada vez melhor a essa nova forma de produzir seus bens de consumo", explica o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri.

A alta pode ser considerada um reflexo da maior demanda no mercado regulado, segundo o CCEE. O segmento fornece energia para pequenos comércios, empresas de pequeno e médio porte e para os consumidores residenciais. Esse setor avançou 7%, e foi influenciado pela abertura gradual da economia local.

A demanda no mercado livre, que atende consumidores de alta tensão, cresceu 31% e também teve participação significativa no consumo geral. Segundo a Federação das Indústrias do Estado, o resultado se explica pelo bom momento para as indústrias exportadoras na futicultura, dos setores de extração de minerais não metálicos como o sal marinho e, principalmente, a indústria têxtil, que vive um momento de ascensão.

"Nós temos que comemorar. Estamos retomando um crescimento, um reinício, e esses números não estão só na questão do consumo da energia. A gente pode comparar, inclusiva, com a receita do estado. No número de notas fiscais. Então, são sinais importantes de que está havendo uma reação por parte da economia", diz Roberto Serquiz, 1º tesoureiro da FIERN.

Além disso, o Rio Grande do Norte foi o segundo estado do Nordeste que mais gerou energia para o sistema nacional, com 3 mil megawatts médios. Com mais de 90%, a energia eólica foi a que mais contribuiu para o resultado.

"A eólica teve destaque, mas a solar teve seu início. Hoje, o RN gera 25% de energias renováveis para o país. Uma contribuição que faz com que a gente possa vislumbrar, aqui, uma saída da dependência da hidroelétrica", relata Serquiz.

G1


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