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No último dia 14 de julho a ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA anunciou a autorização de mais duas pesquisas clínicas com vacinas contra a COVID-19. Uma delas testará uma nova candidata à vacina, desenvolvida pelo Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas, da China. A novidade, caso haja êxito da Fase 3, seria o intervalo de apenas 14 dias entre a primeira e a segunda dose.

Já o outro estudo aprovado, que inclui o Rio Grande do Norte, testará a vacina desenvolvida pela AstraZeneca (AZD2816), com a tecnologia de vetor de adenovírus recombinante, a mesma utilizada na vacina anterior (AZD1222).

O estudo prevê 2.475 participantes e será realizado em quatro países: Brasil, Reino Unido, África do Sul e Polônia. No Brasil serão testados 800 voluntários, e os estados brasileiros que participarão desse estudo, além do RN, são: Bahia, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A candidata à vacina AZD2816 é uma nova versão da que já está atualmente disponível no Brasil (AZD1222), que foi modificada para também fornecer imunidade contra a recém-emergente cepa da variante B.1.351 do SARS-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. O estudo será patrocinado pela empresa AstraZeneca e a vacina será fabricada pela empresa Symbiosis Pharmaceutical Services sediada no Reino Unido.

Trata-se de um estudo de Fase II / III parcialmente duplo-cego, randomizado, multinacional, com controle ativo em adultos de 18 anos de idade ou mais, previamente vacinados e não vacinados para determinar a segurança e a imunogenicidade da candidata à vacina AZD2816, quando administrada:

Como uma dose única a indivíduos soronegativos para SARS-CoV-2 que receberam anteriormente uma vacinação primária de 2 doses contra SARS-CoV-2 com a AZD1222 ou duas doses de uma vacina de mRNA contra COVID-19. Esta terceira dose seria aplicada, dessa forma, em indivíduos que foram previamente imunizados com duas doses mas, ainda assim, testam negativo, pois o exame não identifica a produção de anticorpos capazes de atuar contra o novo Coronavírus.

Como vacinação homóloga primária de 2 doses para indivíduos soronegativos para SARS-CoV-2 que não estão vacinados; Neste caso, as duas doses da vacina em teste são aplicadas em voluntários que negativam para o SARS-CoV-2 e que, realmente, não tenham recebido previamente nenhuma dose de qualquer imunizante;

Como a segunda dose de uma vacinação heteróloga primária de 2 doses (com AZD1222 como primeira dose) para indivíduos soronegativos para SARS-CoV2 que não tenham sido vacinados antes de iniciarem este estudo clínico. Isso significa: a primeira dose com a versão inicial da AstraZeneca e a segunda dose com a nova versão em um esquema misto.

Para participar do novo estudo da ASTRAZENECA que em breve será iniciado no RN, serão selecionados voluntários que ainda não se vacinaram. Desta vez, não haverá grupo placebo – isto quer dizer que, diferentemente dos estudos anteriores, todos os participantes receberão uma vacina ativa.

O início dos trabalhos está previsto para agosto, e voluntários já cadastrados no Instituto Atena poderão eventualmente ser contactados e consultados pela equipe técnica sobre o desejo de participar. Inscrições permanecem abertas. Até o momento somente os estudos foram autorizados, não sendo ainda possível prever quando estas vacinas estarão disponíveis para a população.

A Dra. Sanali Paiva, médica e pesquisadora que lidera o Instituto Atena de Pesquisa Clínica, ressalta que “embora o mundo já tenha várias vacinas disponíveis para combater a COVID, os novos estudos são importantes para aperfeiçoar ainda mais os imunizantes, e garantir proteção contra novas variantes”.

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