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Considerado a prévia da inflação, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou em junho e atingiu 0,83%. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (25.jun.2021) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Em maio, o índice foi 0,44%. Segundo o instituto, o percentual registrado em junho foi o maior para o mês desde 2018, quando atingiu 1,11%.

No acumulado do ano, o IPCA-15 chegou a 4,13%. E, em 12 meses, passou de 7,27% em maio para 8,13% em junho.

A inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), chegou a 8,06% no acumulado de 12 meses até maio. O BC (Banco Central) estima que o índice alcançará 8,4% no acumulado do período até junho e, em agosto, 8,5%. A partir de setembro, teria uma desaceleração até chegar em 5,8% no fim do ano.

O percentual está acima da meta de inflação, de 3,75%, e fora do intervalo de tolerância (de 2,25% a 5,25%). Segundo o BC, a probabilidade de descumprimento da meta é de 74%.

Segundo o Boletim Focus, o mercado financeiro projeta o índice de preços aos 5,9%. O objetivo do BC é controlar a inflação. As estimativas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sobem há 11 semanas consecutivas. No último Focus, a projeção passou de 5,82% para 5,90%.

Quando o descumprimento do intervalo é registrado no ano, o presidente do BC, atualmente Roberto Campos Neto, tem que encaminhar uma carta ao governo federal dando explicações. A última vez que isso ocorreu foi em 2017, quando Ilan Goldfajn justificou a inflação abaixo do piso da meta.

IPCA-15 EM JUNHO

Todos os 9 grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços. O maior impacto, de 0,28 pontos percentuais, veio dos Transportes, com alta de 1,35%. Foi influenciado pela custo dos combustíveis, que aumentou 3,69% no mês. Só a gasolina subiu 2,86% no período, e acumula alta de 45,86% em 12 meses.

Os preços do gás veicular (12,41%), do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%) também pressionaram o índice.

Habitação (1,67%) e Alimentação e bebidas (0,41%) também puxaram a inflação.

Em habitação, a energia elétrica subiu 3,85%, com alta influenciada pelo acionamento da bandeira vermelha patamar nível 2 em junho. A medida adiciona R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos.

Eis a variação nos grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 0,41%;
  • Habitação: 1,67%;
  • Artigos de residência: 1,38%;
  • Vestuário: 0,88%;
  • Transportes: 1,35%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,53%;
  • Despesas pessoais: 0,32%;
  • Educação: 0,03%;
  • Comunicação: 0,15%
Poder 360




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