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Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte prendeu um homem suspeito de chefiar um grupo especializado em aplicar golpes contra idosos e instituições financeiras pela internet, nesta quinta-feira (10).

Segundo os investigadores, o homem de 51 anos seria líder de um grupo criminoso que teria aberto mais de 100 contas bancárias fraudulentas. Os golpes devem ultrapassar o valor de R$ 1 milhão.

Até o momento, 14 vítimas foram identificadas, mas há possibilidade de o grupo já ter feito mais de 100 vítimas, de acordo com a corporação.

Operação Prenda-me se for capaz cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nas cidades de Natal e Várzea nesta quinta-feira.

Dois mandados foram de busca eram contra um empresário do ramo de empréstimo consignado que, ao que tudo indica, cooptava vítimas e contratava operações financeiras fraudulenta, prejudicando essas pessoas.

A empresa promotora de crédito sediada no centro de Natal também foi alvo das buscas. Segundo o MP, as investigações demonstraram a participação de outras pessoas que serão identificadas ao longo da investigação.

Investigação

De acordo com o MP, as investigações foram iniciadas após um idoso informar que tinha sido vítima de um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil, proveniente de empréstimos consignados e compras com cartões - serviços que nunca contratou.

Os investigadores perceberam que a fraude foi operacionalizada totalmente pela internet, através de aplicativos dos bancos, provedores de conteúdo e utilizando até as plataformas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Ainda de acordo com o MP, as investigações comprovaram a existência de um grupo articulado, com divisão de tarefas que iam desde a falsificação de documentos, abertura de contas, contratação de empréstimos, movimentações financeiras e utilização dos valores de forma digital.

Como funcionava

As contas bancárias eram abertas pelos aplicativos dos bancos utilizando a documentação falsa. Esse era o ponto de partida para a contratação dos empréstimos e outros serviços financeiros.

Com base nisso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) passou a rastrear e monitorar os vestígios digitais deixados pelos operadores do esquema, com autorização judicial.

A partir dos vestígios, as análises demonstraram quais os bancos preferidos pelo grupo, como eram utilizados os valores e até mesmo a localização exata dos envolvidos.

Suspeito preso preventivamente

Com o decorrer da investigação, totalmente cibernética, foi possível identificar um homem de 51 anos, que é considerado o líder da organização, que não teria outro meio de vida senão a prática destes crimes. Ele foi preso preventivamente.

“Foi um trabalho de investigação 100% cibernético, dado o grau de sofisticação e modus operandi deste grupo que atuava quase que exclusivamente pelas plataformas digitais, no que esporadicamente compareciam a algum terminal de autoatendimento para realizar saques. Os rastros digitais deixados foram analisados pelo Gaeco. Acompanhar a rotina dos operadores destas fraudes foi o maior desafio, dada a praticidade e mobilidade proporcionadas pelas ferramentas de tecnologia, no que eles não se estabeleciam por muito tempo em um local fixo”, explicou Liv Severo, promotora de Justiça que coordenou as investigações.

Segundo o MP, o nome da operação "Prenda-me se for capaz" é uma referência a estória de um dos maiores falsificadores e impostores dos Estados Unidos, que assumia identidades falsas para aplicar seus golpes, tendo se esquivado das autoridades por vários anos.

G1/RN





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