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O governo do Rio Grande do Norte estuda a possibilidade de regionalizar medidas restritivas de combate à pandemia da Covid-19. A informação foi confirmada pelo secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia.

"Precisamos voltar a restringir", afirmou nesta sexta-feira (21) em entrevista ao Bom DIa RN, da Inter TV Cabugi, ao defender as medidas mais restritivas. De acordo com Cipriano, a flexibilização do último decreto contribuiu para o aumento de casos no estado.

"Jamais a gente está pensando em flexibilizar novas medidas, porque a situação com a abertura das escolas e retomadas de outras atividades com certeza tem contribuído para esse aumento de casos. Então a gente precisa voltar a restringir", afirmou.

"O quadro é extremamente crítico, os prefeitos inicialmente tinham pedido a flexibilização, só que os resultados estão se apresentando. Alguns até estão decretando novas medidas. Nós vamos apoiar essas medidas restritivas e estamos discutindo como construir essa possibilidade de regionalização dos decretos", reforçou.

O atual decreto em vigor no estado vale até a próxima quinta-feira (27). Até então, todos os decretos publicados pelo estado trazem medidas válidas em todo o território do Rio Grande do Norte.

Atualmente, apesar de considerar que existe um "platô" com alto número de casos e demanda por internações no estado, o secretário reconhece que a situação mais críticas está no Oeste potiguar.

"Temos uma situação mais crítica nas regiões Oeste, Alto Oeste e Vale do Açu, onde temos uma fila acima de 30 leitos por dia, há alguns dias. Isso exige algumas medidas que podem ser regionalizadas de acordo com a situação de piora", afirmou.

Dos 54 municípios que tiveram piora do quadro da pandemia da última semana, 27 são das regiões citadas pelo secretário, que tem uma população com cerca de 1 milhão de habitantes, segundo ele. A taxa de ocupação de leitos de UTI se mantém sempre próximo a 100% no Oeste há semanas.

O secretário reforçou que março e abril tiveram a maior mortalidade desde o início da pandemia, e que maio já tem o maior número de casos registrados. "O mapa indica onde a situação está mais crítica, mas praticamente todo o estado está em amarelo. Não temos como manter um grande relaxamento, até porque as pessoas transitam entre as regiões", ponderou.

Cipriano ainda considerou que o aumento de casos e de demanda por internações também aumenta a ameaça aos estoques de insumos como o kit intubação - medicamentos e sedativos usados nos pacientes mais graves em UTIs. O estado tenta inclusive importar os materiais.

"Estamos com a capacidade de aumentar leitos e manter leitos cada vez mais limitada", disse.


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