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O ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, anunciou nesta 4ª feira (31.mar.2021) os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas. São eles:

Exército – Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, general;

Marinha – Almir Garnier Santos, almirante de esquadra;

Aeronáutica – Carlos de Almeida Baptista Junior, tenente-brigadeiro do ar.

Em declaração de 2 minutos feita a jornalistas, Braga Netto afirmou que o desafio deste momento é o combate à covid-19. “As Forças Armadas são fatores de integração nacional e têm contribuído diuturnamente nessa tarefa“, disse.

O ministro declarou ainda que “a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira se mantêm fiéis às suas missões constitucionais de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais e as liberdades democráticas“. Completou afirmando que “o maior patrimônio de uma nação é a garantia da democracia e a liberdade do seu povo“.

O novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, era chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército desde 2018 e o 5º mais antigo da lista de possíveis indicados. Nasceu em 28 de agosto de 1958, em Iguatu (CE). Entrou no Exército em abril de 1974.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense em 29 de março, Nogueira afirmou que a taxa de mortalidade por covid-19 do Exército era de apenas 0,13%, enquanto na população brasileira era de 2,5%. O general disse que a força adotou distanciamento social, uso de máscaras, isolamento e testagem em massa. Declarou ainda: “As baixas que temos todos os dias [por causa da pandemia] são números de guerra”.

O almirante de esquadra Almir Garnier Santos, novo comandante da Marinha, era o 2º mais antigo da lista tríplice analisada por Braga Netto. Garnier nasceu em 22 de setembro de 1960, em Cascadura, no Rio de Janeiro. No Ministério da Defesa, atuou como assessor especial militar dos ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann. Era secretário-geral da pasta até assumir o posto nesta 4ª feira.

Assume a Aeronáutica o tenente-brigadeiro do ar Baptista Junior. Ele atuava como comandante-geral de apoio (logística) da FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo a FAB, o tentente-brigadeiro é carioca, está na corporação desde 3 março de 1975 e tem os cursos de planejamento orçamentário e financeiro e de especialização em política e estratégia.  Tem no currículo cerca de 4.. horas de voo, sendo 2.200 horas em aeronaves de caça, além de 24 condecorações nacionais.

COMANDANTES SUBSTITUÍDOS

O governo informou na 3ª feira (30.mar) que os então comandantes das Forças Armadas deixariam os cargos. Foram substituídos Edson Leal Pujol, do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica. A decisão foi divulgada em nota enviada pelo Ministério da Defesa.

O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada em reunião realizada na terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças“, escreveu a pasta.

A saída dos comandantes militares ocorreu no dia seguinte à demissão de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa.

O presidente Jair Bolsonaro demonstrou a seus assessores descontentamento com a condução do Exército por Pujol. O comandante, na avaliação do presidente, superdimensionou a pandemia de covid-19. Além disso, o general defendeu que as Forças Armadas não são instituição partidária nem de governo, indicando que militares devem se afastar das tarefas políticas.

Em novembro do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro disse que concordava com a declaração do comandante do Exército. Mas, internamente, indicava contrariedade com as declarações de Pujol.

Somadas as discordâncias, a demissão de Fernando Azevedo e Silva foi o estopim para a saída de Pujol e dos outros comandantes do cargo.

BRAGA NETTO NA DEFESA

O ex-ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, assumiu como titular do Ministério da Defesa na reforma ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro na 2ª feira (29.mar). Já há algum tempo o chefe do Executivo pensava em substituir o general Fernando Azevedo e Silva na pasta. A informação foi apurada pelo Poder360.

A troca no Ministério da Defesa foi anunciada no começo da tarde desta 2ª feira (29.mar). Em curta nota, Azevedo e Silva informou que estava deixando a Esplanada dos Ministérios. Ele saiu horas depois de o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pedir demissão, depois de ser alvo de pressão de congressistas, inclusive de apoiadores do governo.

Indicado para o cargo pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), Azevedo e Silva nunca teve afinidade total com a política desejada pelo Planalto. Para a Casa Civil, no lugar de Braga Netto, foi o general Luiz Eduardo Ramos, ex-chefe da Secretaria de Governo e responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso.

Poder360



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