O governo do presidente Jair Bolsonaro é reprovado por 44% da população, segundo pesquisa Datafolha divulgada na 3ª feira (16.mar.2021) pela Folha de S.Paulo. Classificaram o governo como “ótimo/bom” 30% dos entrevistados. Para 24%, o governo é “regular”.
Repete-se agora a maior taxa de reprovação já registrada pelo Datafolha desde o início do governo Bolsonaro. No fim de junho de 2020, também eram 44% os que diziam que a gestão de Bolsonaro é ruim ou péssima.
O percentual dos que avaliam o governo negativamente oscilou para cima desde a última pesquisa, mas dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Em janeiro, a reprovação era de 40%.
As demais taxas também se mantiveram estáveis. Em janeiro, 26% avaliaram o governo como “regular” e 31% como “ótimo/bom”.
A taxa de rejeição do governo é maior no Nordeste, onde 49% dos entrevistaram classificaram a gestão Bolsonaro como “ruim/péssima”.
O governo é pior avaliado entre os mais instruídos (55% de “ruim/péssimo”) e entre os mais ricos (54%).
A aprovação é maior entre quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (35% de “ótimo/bom”) e entre os evangélicos (37%).
Na comparação com a avaliação de governos anteriores (também com cerca de 2 anos de mandato), Bolsonaro só não é mais rejeitado do que eram Fernando Collor de Mello e Michel Temer.
Com o mesmo tempo de mandato que o atual presidente, Collor tinha rejeição de 68% e aprovação de apenas 9%, segundo os dados do Datafolha. Fernando Henrique Cardoso tinha 18% de reprovação, mesmo percentual de Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma Rousseff era reprovada por 7% a esta altura do mandato e Temer, por 82%.
A pesquisa Datafolha foi realizada de 15 a 16 de março e considerou entrevistas (para telefones celulares) com 2.023 pessoas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
GESTÃO DA PANDEMIA
O levantamento indica ainda que a rejeição ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia atingiu o maior percentual desde que a atuação do presidente frente à covid-19 começou a ser avaliada, em março de 2020.
De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros avaliam como “ruim/péssima” a atuação do presidente no enfrentamento da crise. Na pesquisa anterior, de janeiro, eram 48% os que avaliavam negativamente o trabalho de Bolsonaro frente à pandemia. O recorde anterior, de 50%, foi registrado em maio de 2020, quando o número de novos casos de covid-19 e mortes pela doença começou a crescer.
O percentual dos que classificaram como “ótimo” o trabalho do Executivo no combate ao coronavírus recuou 4 pontos percentuais, de 26% para 22% (no limite da margem de erro). O percentual dos que consideram a gestão “regular” permaneceu estável, em 24%.
Poder 360
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