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O Rio Grande do Norte fechou o último trimestre de 2020 com uma taxa de desocupação de 15,5%. Em números absolutos, 228 mil potiguares estavam sem emprego no último trimestre. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) publicada nesta quarta-feira 10. A atual taxa de desocupação é a maior da série histórica iniciada em 2012.

A taxa de desocupação aponta o contingente populacional que, na semana de referência da pesquisa, tomaram alguma medida para conseguir emprego no período de 30 dias, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, entre outras ações. Os números foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O nível de ocupação foi de 42,5% no quarto trimestre de 2021. O número significa que 1,24 milhão de potiguares estavam ocupados. Houve crescimento frente ao trimestre anterior (39,5%), porém queda em relação ao mesmo trimestre de 2020 (46,8%).

A taxa média de desemprego no Brasil atingiu 13,5% em 2020, enquanto em 2019 foi de 11,9%. Os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o mercado de trabalho provocaram alta recorde de desemprego em 20 estados. Ficaram de fora da lista Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo e Santa Catarina.

As taxas mais elevadas de desemprego foram registradas no Nordeste e as menores no Sul do país. A Bahia, com 19,8%, teve a maior taxa de desocupação em 2020, seguida de Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%). Já Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%) tiveram as mais baixas.

Segundo o IBGE, no intervalo de um ano, a população ocupada no país teve menos 7,3 milhões de pessoas, o que resultou no menor número da série histórica de médias anuais, de 86,1 milhões. Conforme a pesquisa, pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no país. Em 2020, o nível de ocupação ficou em 49,4%. O nível de ocupação ficou abaixo de 50% no ano passado em 15 estados, sendo todos no Nordeste.

Em Alagoas, apenas 35,9% das pessoas em idade para trabalhar estavam ocupadas. No Sudeste, no Rio de Janeiro apenas 45,4% tinham um trabalho. O estado com maior nível de ocupação no ano passado foi Mato Grosso, com uma taxa de 58,7%. A Pnad Contínua mostrou também que a queda da ocupação foi espalhada entre todos os trabalhadores.

Informalidade

A taxa média de informalidade também sofreu impacto com a pandemia e caiu de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, chegando a 39,9 milhões de pessoas. Os informais são os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, que trabalha por conta própria sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar.

A taxa média nacional de informalidade foi superada em 19 estados. Entre eles, Goiás atingiu 39,1% e o Pará 59,6%. Em sete estados, a taxa foi acima de 50%. Já São Paulo (29,6%), Distrito Federal (28,2%) e Santa Catarina (26,8%) foram os que tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%.

A analista da pesquisa Adriana Beringuy, destacou que os informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia. Para ela, a queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. “Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano”, encerrou.

Agora RN


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