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O recente aumento no preço do diesel e da gasolina começou a ser sentido pelos consumidores mossoroenses. Na quarta-feira, 10, praticamente todos os postos da cidade amanheceram com o preço dos combustíveis reajustados e a gasolina chegou ao patamar dos R$ 6, por litro. Este é o maior valor já praticado pelos postos mossoroenses para o preço do produto.

De acordo com o aplicativo Nota Potiguar, que permite o acompanhamento de preços de combustíveis por parte dos contribuintes cadastrados, o preço médio da gasolina comum é de R$ 5,98, por litro. Já o preço que vem sendo cobrado pelo litro da gasolina aditivada supera os R$ 6. Ainda conforme os dados do aplicativo, até o final da tarde de quarta-feira, 10, o menor preço praticado para a venda da gasolina em Mossoró era de R$ 5,60.

Com o sexto reajuste ocorrido em 2021, o preço da gasolina nas refinarias subiu 8,8% e do diesel, 5,5%. Em dezembro, o litro da gasolina custava, em média, R$ 1,85 nas refinarias. Agora, com novo aumento, passou a custar uma média de R$ 2,80, uma variação de 54,34% em pouco mais de dois meses.

Os constantes reajustes têm dificultado a situação de muitos trabalhadores mossoroenses, que estão tendo que se virar para arcar com as despesas fixas de uma casa. Bruno Abreu é funcionário do comércio e recebe pouco mais de um salário mínimo. Ele comenta que está sendo mais difícil manter as contas em dia, porque o aumento dos combustíveis tem afetado diretamente a renda da família.

“Moro na Nova Mossoró, que é um bairro distante do centro, e preciso trabalhar no centro todos os dias. Antes desses reajustes, eu reservava mais ou menos R$ 200 por mês para gastar com gasolina, já que saio de casa pela manhã e volto só à noite. Mas, com a gasolina chegando aos R$ 6, os R$ 200 não dão mais para terminar o mês. Temos que repor. E isso vem afetando as outras contas fixas, como prestação da casa, feira, água e luz. Esses aumentos são muito complicados para o trabalhador, que tem que se virar para conseguir trabalhar todos os dias”, comenta.

Bruno Abreu informou ainda que já trocou a gasolina pelo álcool, para reduzir as despesas. “Desde que a gasolina passou dos R$ 5,50, eu comecei a abastecer com álcool. Foi a forma que encontramos para reduzir os custos com o combustível. Mesmo assim, a diferença é muito pouca, porque o álcool dura menos que a gasolina e temos que abastecer mais vezes. A diferença de preço entre os dois combustíveis não está muito grande, então, acaba sendo uma coisa pela outra”, relata.

Conforme os dados disponíveis no aplicativo Nota Potiguar, o etanol vem sendo vendido, nos postos mossoroenses, a um preço médio de R$ 4,50. A variação no preço do produto pode ser de até R$ 0,50, uma vez que alguns postos de combustíveis vendem o combustível a R$ 4,09 e outros a R$ 4,59. As informações são referentes aos dados divulgados pelo aplicativo até esta quarta-feira, 10.

A Petrobras informa que os constantes reajustes no preço dos combustíveis se dá devido a um alinhamento dos preços ao mercado internacional. Este alinhamento é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras.

A Petrobras cita como responsáveis os distribuidores, importadores e outros refinadores, além da Petrobras. A estatal lembra que esse mesmo equilíbrio competitivo foi responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020

Amina Costa do Jornal De Fato



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