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Moradores e veranistas que se encontram na cidade de Tibau estão enfrentando dificuldades para abastecer suas residências. Sem a água oferecida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), os moradores enfrentam o alto preço cobrado pelos proprietários de carro-pipa, que chega a custar até R$ 500.

“Quem não possui poço com água de qualidade, ou reservatórios com grande capacidade de armazenamento de água, tem que se sujeitar a pagar esse valor. No nosso caso alugamos uma casa por temporada de seis meses, como faltou água logo no final de ano tivemos que comprar um carro-pipa de água no valor de R$ 400”, disse um empresário de Mossoró que alugou uma casa em Tibau para o período de veraneio, mas que pediu para resguardar sua identidade.

Além das dificuldades comuns nessa época do ano para quem se desloca até Tibau, eles enfrentam a falta de abastecimento de água que atinge a população, desde o dia 29 de dezembro de 2020.

De acordo com a Caern, não existe um prazo definido para a solução do problema de abastecimento em Tibau. A demora para solucionar o problema acabou gerando uma alta demanda de clientes em busca de água através de carro-pipa.

A reportagem do Jornal De Fato entrou em contato com alguns proprietários de empresas que fazem o transporte de água por meio de carros-pipas e confirmou que os preços variam entre R$ 300 e R$ 500.

“Eu estou vendendo o carro com nove mil litros, por R$ 300, mas já ouvi dizer que tem outras pessoas vendendo de R$ 400. Acho que R$ 300 tem dado para atender a população e ganhar meu dinheiro”, disse o proprietário de uma empresa.

Sobre o valor cobrado de R$ 500, ele disse que realmente algumas pessoas que possuem veículos de maior porte estão cobrando esse valor, mas esse preço corresponde a uma carga de 15 mil litros de água.

De acordo com os próprios empresários, o preço médio da carga de um carro-pipa com 9 mil litros fica em torno de R$ 150, no entanto, o aumento da demanda acabou gerando o aumento dos preços nos últimos dias.

Caern continua sem prazo para regularizar abastecimento

Diante da situação, a reportagem do Jornal De Fato voltou a entrar em contato com a assessoria de comunicação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), na tarde de ontem (7), e recebeu a informação de que a Companhia continua sem uma data definida para retomada do abastecimento regular em Tibau, que enfrenta o problema de falta de abastecimento de água desde o dia 29 de dezembro de 2020.

De acordo com a Companhia, “para agilizar o trabalho está sendo utilizada uma sonda, semelhante às usadas por empresas petrolíferas, para retirar a bomba do poço de Tibau, que está presa a uma profundidade de 380 metros. Para se ter uma idéia, é a mesma distância que separa a Cobal do Ginásio de Esportes. Também está sendo usada uma câmera subterrânea para mostrar as condições no interior do poço e guiar o processo de retirada da bomba. Esta operação teve início na quarta-feira (6) e, no decorrer da atividade com a sonda é que será possível avaliar uma nova previsão de retomada do abastecimento. Tão logo nos seja informado alguma novidade, nós enviaremos à imprensa”, afirma a assessoria.

Para o funcionamento do poço, a única forma encontrada é fazer a retirada da bomba presa a 380 metros, e o uso do guindaste não foi suficiente para retirá-la.

A sonda tem mais mobilidade que o guindaste e poderá descer ferramentas, de acordo com a necessidade do serviço. A Caern também tentou instalar uma bomba reserva, mas o equipamento preso, que pesa duas toneladas, impede que a água chegue à superfície para distribuição.

Fabiano Souza / Jornal De Fato


 

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