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Denominado novembro azul, durante todo este mês são realizadas ações no intuito de conscientizar os homens para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre eles, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

De acordo com dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), Mossoró registrou no ano de 2019 mais de 120 casos da doença. Esse número pode ser ainda maior, pois os dados ainda estão em fase de consolidação. Já para o Brasil, estimam-se que sejam registrados mais de 65 mil novos casos da neoplasia, neste ano de 2020.

“O câncer de próstata geralmente é uma doença silenciosa, então é necessário que os homens sempre realizem seus exames, mesmo sem sentir nenhum sintoma. Quando o paciente apresenta sintomas, geralmente a doença já está num estado mais avançado”, explica o médico urologista da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), Dr. Éddio Dantas. 

O urologista recomenda que a prevenção deve ser feita a partir dos 45 anos em caso de homens que possuem histórico do câncer de próstata na família ou são da raça negra, fatores de risco para a doença. Se não possuem essas características, as visitas ao urologista devem acontecer anualmente a partir dos 50 anos, para que seja feito o exame de toque e de PSA, principais meios para detectar a doença precocemente.

“Um fator primordial é descobrir a doença ainda em fase assintomática, pois as chances de cura podem ultrapassar os 90%. Alguns exames serão feitos para detectar se a doença ainda está apenas na próstata ou já avançou para outras partes do corpo. A partir da descoberta de como a doença está, partimos pra segunda etapa que é o tratamento, podendo ser feito por meio de terapia cirúrgica, radioterapia, entre outras maneiras. Hoje temos várias opções de tratamento”, ressalta Dr. Éddio.

A Liga Mossoroense oferece consultas e cirurgias com médico urologista semanalmente, via Sistema de Regulação da Prefeitura Municipal de Mossoró e parceria firmada com outras Prefeituras da região.

Vergonha é ter preconceito

De acordo com o Ministério da Saúde, a cada dia 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença, sendo essa, a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil. Esses números demonstram a grande necessidade de desmistificar a doença, reforçando sempre a importância das ações de prevenção e de diagnóstico precoce.

“Quebrar o preconceito em relação ao exame é fundamental para o diagnóstico precoce da doença. Precisamos fortalecer o vínculo do homem com a saúde.  Por isso se faz tão importante consultar o médico de referência para realizar os exames preventivos. O profissional acompanha o paciente e todo o seu histórico de saúde, bem como a evolução do estado da próstata”, alerta Anna Lívia Lima, psicóloga da LMECC.

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo aponta que 49% dos homens nunca fizeram o exame de toque retal. O preconceito em relação ao exame ainda é um desafio, visto que muitos não o realizam devido à resistência criada ao procedimento.

“O preconceito é um dos principais obstáculos que enfrentamos para realizar o diagnóstico precoce, por isso a importância da campanha chamada novembro azul. O objetivo é desmistificar esse preconceito, que ainda é um tabu. O que eu é oriento é que o homem tem que ser herói da própria vida, procurar sempre avaliar como está sua saúde. Se estiver na faixa etária indicada, deve procurar o médico e fazer seus exames. O procedimento é rápido, indolor e não mudará em nada sua condição sexual”, orienta Dr. Éddio.

Diferentemente da mulher que costuma ter seu médico desde cedo, a maioria dos homens tem tendência a procurar ajuda de um profissional apenas quando já vem apresentando sintomas, o que possivelmente já indica a doença em estado avançado.

“O toque retal é uma das armas na luta contra o câncer de próstata. Não deixe que o preconceito e a falta de informação lhe impeçam de cuidar adequadamente de sua saúde e viver com mais qualidade de vida junto as pessoas que ama”, conclui a psicóloga.  


  

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