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Todo inverno, mesmo que o Rio Apodi/Mossoró não transborde, ocorre inundações de residências em diversos bairros da cidade de Mossoró.

É público e notório que obras de drenagem demandam alto custo e que a Prefeitura de Mossoró, devido a redução dos investimentos na Petrobras, dispõe de poucos recursos.

Sobre esta assunto e com o objetivo de conhecer as propostas do candidatos a prefeito da cidade, o Portal Mossoró Hoje enviou os seis candidatos, na sexta-feira (30), a seguinte pergunta:

“Qual seu projeto para evitar que centenas de casas sejam inundadas durante o inverno em Mossoró?”.

Veja as resposta, na íntegra, abaixo:

Isolda e Gutemberg: “A curto prazo, preparar um plano de contingência para o próximo período inverno”

As inundações só evidenciam que o processo de crescimento da cidade (a sua urbanização) não foi planejada. Mossoró apresenta sérios problemas de drenagem em períodos chuvosos por fatores que vão de e ausência de escoamento das águas até a falta de infra-estrutura em bairros não-saneados. Sempre que as chuvas excedem seu índice médio, ou mesmo considerando suas precipitações normais, vemos ruas tomadas por alagamentos, enchentes e casas sendo invadidas com transbordamentos.

O problema é mais acentuado na periferia, onde os investimentos em drenagem e saneamento inexistem. Nas áreas pavimentadas, os serviços fundamentais de escoamento não foram incluídos. Ou seja, as obras se restringiram ao que está aparentemente, ao calçamento, com fins eleitoreiros. Os problemas com as chuvas só são lembrados, infelizmente, quando chove.

Além da periferia, áreas movimentadas também enfrentam o mesmo problema. E todos relacionados com a drenagem. Mas, também com a baixa manutenção do sistema de escoamento da cidade, que geralmente são obstruídos por lixo ao longo do tempo.

Sabemos que se trata de uma obra cara. Drenagem demanda muitos recursos. A macrodrenagem, por sua vez, requer altos investimentos que podem ser buscados com boas propostas junto ao governo federal e organismos internacionais. O primeiro passo que devemos dar é identificar os pontos críticos de alagamento e elaborar projetos executivos que levantem os custos para uma intervenção definitiva que resolva o problema.

A curto prazo, a prefeitura deveria ter um plano de contingência preparado para o próximo período inverno, suficiente para que a prefeitura e a população tenham ações concretas a tomar quando chuvas mais fortes acontecerem. É importante frisar que para 2021 já estão previstos que teremos um bom inverno, o que nos imporá medidas urgentes de enfrentamento a alagamentos e enchentes. É um trabalho necessário frente a um problema crônico que sempre nos acomete.

Allyson e Fernandinho: “Por meio de parcerias com os governos federal e estadual”

Mossoró se encontra atualmente com a sua infraestrutura urbana degradada. Mover-se dentro dela não é fácil, não existe escoamento das águas, nem saneamento básico. É preciso dizer que as cidades não são somente meros pontos de proximidade física entre as pessoas, um enclave geográfico onde os indivíduos trabalham e pernoitam. Ao contrário, são lugares de convivência, onde a vida acontece, onde as pessoas surgem, crescem e se desenvolvem como sujeitos de direito. Na nossa gestão, a infraestrutura e a mobilidade urbana serão pensadas como um instrumento potencializador da vida na cidade, que deverá ser fluida, racionalizada, verde e segura.

Como proposta para sanar a problemática existente hoje, vamos buscar recursos, por meio de parcerias com os governos federal e estadual, para a construção de uma rede integrada das águas fluviais da cidade, de forma que os graves problemas de alagamento hoje existentes sejam mitigados.

Além disso, criaremos um sistema de defesa civil que seja rápido e eficiente na resposta às tragédias naturais que por vezes podem acometer a nossa cidade, como os constantes alagamentos que ocorrem nos períodos chuvosos.

Ronaldo e Yasmim: ”Projeto de conscientização em larga escala”

É preciso oferecer uma perspectiva para quem resiste e busca sobreviver destes recursos naturais: Começando pelo aterramento da maior parte da área das margens, pois Mossoró enfrenta uma grave situação de vulnerabilidade na questão da dengue, além das moradias que podem ceder diante da calamidade do rio e do lixo que advém dessas moradias. É necessário realocar toda a população e auxiliá-los de forma que possam cuidar do que é nosso e continuar trabalhando com isto, mas de formas possíveis, como por exemplo contratar mais funcionários para exercer a função de gari, mas com foco nesta área natural, com intuito de preservação, pois aquilo que vem do rio não é próprio para consumo e mesmo assim muitos ainda o fazem por necessidade. Pontos simples de coleta e reciclagem seriam instalados, e existiriam também pessoas para fazer um controle disto (mais empregos gerados), em parceria com a polícia ambiental e o IBAMA. Simultaneamente também se iniciaria um projeto de conscientização em larga escala, incluindo desde a alfabetização pública até os EJAS, estimulando a população a participar ativamente deste processo no sentido de fiscalização e coordenação, atendendo as áreas de mais calamidade mais rapidamente. Construiríamos uma parceria com a UERN junto aos cursos de ciências biológicas e gestão ambiental e com a UFERSA, junto aos cursos de ecologia, engenharia de pesca e engenharia florestal, desenvolvendo conjuntamente soluções viáveis, éticas e sustentáveis. Buscamos um ecoturismo para essas áreas, e isto não pode haver sem extremo engajamento do início ao fim. Não podemos sucatear mais estruturas ainda, então providenciaríamos a reforma de alguns endereços abandonados para atender essas novas demandas de emprego que surgiriam consequentemente. A coleta também inclui eletrônicos, pois a contaminação destes é ainda mais nociva e menos frequente que de outros materiais, e atentamos também para a questão do descarte dos lixos hospitalares, que deveriam ser incinerados, principalmente num período de pandemia.

Rosalba e Jorge: “Nossa perspectiva é ampliar esse trabalho”

Iniciamos a pavimentação de diversas ruas e recuperação de vias que incluem obras de drenagem. Esse trabalho também está previsto nas ações do saneamento integrado que contemplam bairros como Abolição, Santo Antônio, Barrocas, entre outros.

Não poderíamos deixar de citar a grande obra do Canal do Santa Helena, a maior em execução em Mossoró, que já está 80% concluída e vai beneficiar a região do grande Santo Antônio. Trata-se de um grande canal de drenagem de águas pluviais.

Também avançamos em obras dos pontilhões, já entregamos estruturas desse tipo nos bairros Bom Jesus, Vingt Rosado e Sumaré. Os moradores desses bairros já foram beneficiados com as chuvas registradas esse ano, pois não ocorreram alagamentos e maiores transtornos.

A nossa perspectiva é ampliar esse trabalho, a partir de um trabalho de mapeamento dos pontos estratégicos que já ocorre em parceria com a Defesa Civil.

Claudia Regina e Daniel: “Meu primeiro trabalho social em Mossoró”

O meu primeiro trabalho social em Mossoró foi no acolhimento e assistência às famílias vítimas das inundações. Esse é um problema que já se arrasta por anos em muitos bairros da cidade e, o mais grave, persiste até em algumas regiões com habitações recentes. Essa reincidência se dá, sobretudo, porque a cidade carece de um Plano Diretor efetivamente implementado e essa é nossa meta urgente. Vamos convocar a sociedade civil organizada e atualizar o documento que será norteador para o crescimento de Mossoró. Precisamos retomar o pacote de investimento para obras estruturantes de saneamento e drenagem das águas nos bairros já acometidos com esse transtorno e ainda precaver a solução para outras regiões, afinal, a cidade não para! Em 2013, tínhamos essa iniciativa dentro do pacote de obras do Plano de Enfrentamento à Seca, que está engavetado em Brasília.

No meu Plano de Governo já está determinado que vamos implantar o Programa de Saneamento, incluindo a zona rural, com incentivo a tecnologias de reuso de água para, por exemplo, a produção de forragens ao rebanho e reflorestamento e arborização dos bairros e comunidades. É preciso que compreendamos nossa quadra chuvosa como oportunidade e não como vetor ao transtorno e, por isso, já que o questionamento do dia menciona o nosso Rio Apodi-Mossoró, temos um projeto de sustentabilidade para a região, que além do foco ambiental na sua preservação, também vamos projetá-lo como oportunidade econômica na promoção do Turismo a partir da sua urbanização e a humanização da Ponte Férrea.

Irmã Ceição e Nuhara: “Atravessado gerações e nada é feito!”

A cidade de Mossoró sofre com alagamentos em regiões próximo a COBAL, em alguns pontos da Avenida Diocesano e outras áreas. Ouvimos testemunhos de moradores que tiveram perca material devido a esse descaso com a população, esse fato acontece, pois, há muito tempo Mossoró não renova sua administração, a prefeitura não faz a obra por ser feita no subterrâneo e não aparece as vistas como as praças por exemplo. Chega a ser inacreditável como o problema tem atravessado gerações e nada é feito! No nosso plano de governo que foi elaborado ouvindo o povo e suas reivindicações está dentre outros projetos a Construção de uma nova subestação de tratamento do esgoto no centro da cidade, e com isso despoluir o nosso querido Rio Mossoró. Precisamos com urgência fazer isso, captar essa água que não deve ser um problema e sim utilizada de forma tratada pela população. Para isso conto com o desejo de uma verdadeira mudança para o povo de Mossoró. E no dia 15, vote Ceição14.


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