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O aumento considerável dos casos de arboviroses, em Mossoró, tem preocupado as autoridades, que alertam para a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor de dengue, chinkungunya e zika vírus. Devido ao grande número de casos, somente neste ano, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) informa que a cidade vive uma epidemia destas arboviroses.

Somente nos primeiros meses de 2020, a Secretaria Municipal de Saúde notificou 2.372 casos de dengue, dos quais 841 foram confirmados. Os números de chikungunya são ainda mais preocupantes, com 3.303 notificações e 1.090 confirmações da doença, que também é provocada pelo Aedes aegypti. Os dados são referentes aos meses de janeiro a agosto deste ano.

Teresa Cristina, coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses, confirma o aumento expressivo nas notificações dos casos de arbovirores, com ênfase para a chikungunya, conforme os últimos relatórios repassados pelo setor. “Estamos vivenciando um aumento bem expressivo nas notificações das arboviroses. E isso nos alerta para uma epidemia de dengue, Chikungunya e Zika Vírus”, comenta.

A coordenadora relata ainda que, embora a Prefeitura de Mossoró venha promovendo ações de combate ao mosquito, é importante que a população tenha consciência e seja um vigilante em suas próprias casas. “É importante ressaltar que o carro fumaçê é apenas um complemento das ações e que é primordial ainda a prevenção, através dos cuidados com os recipientes propícios para proliferação do Aedes aegypti, transmissor das arboviroses”, ressalta.

Carla Cartaxo, técnica da Vigilância em Saúde, ressalta que o trabalho de prevenção vem sendo feito por parte da PMM. Ela comenta que vários profissionais estão envolvidos em um trabalho que é feito tanto nos postos de saúde, quanto nas residências dos mossoroenses. Segundo a técnica, várias Secretarias estão envolvidas neste trabalho de prevenção e de combate ao mosquito.

“A Secretaria Municipal de Saúde, Vigilância em Saúde, vem sim desde sempre atuando diariamente no trabalho de combate. Um trabalho de campo com os agentes de endemias e um trabalho de educação em saúde, trabalho esse articulado com a atenção básica e unidades básicas de saúde, envolvendo todos os profissionais. O trabalho de combate às Arboviroses para que ele seja efetivo precisa da ajuda de várias secretarias municipais, órgãos e instituições públicas e privadas, a saúde precisa dessa articulação para que as ações sejam eficazes”, relata.

Karla Cartaxo também faz o alerta para a população mossoroense. “Outro ponto de destaque e de grande relevância é a conscientização da população. A população precisa nos ajudar, precisa ser consciente e fazer sua parte, vigiando o seu quintal, seus pneus, os reservatórios com água acumulada. As pessoas precisam ter consciência e colocar seu lixo no dia que a coleta do lixo passe para fazer um recolhimento. Uma simples tampa de garrafa, uma casca de ovo, ali pode ser um possível criadouro do Aedes aegypti. O ovo do mosquito ele pode durar até mais ou menos 1 ano nas paredes dos reservatórios, por isso a importância da lavagem correta do seu tanque, tonel, balde, bacia, com uma bucha ou escova pelas paredes dos recipientes”.

A técnica da Vilgilância em Saúde pede que, ao sentir qualquer sintoma, a população se vá até a unidade de saúde mais próxima.  “Orientamos à população que caso apresente sinais e sintomas de dengue, chikungunya e Zika procurem os serviços de saúde, unidade básicas e unidades de pronto atendimento. À população também pode ligar e denunciar focos do Aedes aegypti pelo 33154833.

“Deixamos aqui o nosso apelo à vocês, comunidade, população, nos ajude. Destacamos um apelo às mulheres gestantes nos cuidados com Zika vírus, usem repelente, não deixem água acumulada de maneira inadequada. Arbovirose é coisa séria, podendo deixar sequelas, podendo levar a óbito, podendo causar a microcefalia. Na luta contra o Aedes aegypti somos todos responsáveis”, complementa, Karla Cartaxo.

Pandemia tem prejudicado trabalho de combate às arboviroses

A pandemia do novo coronavírus tem dificultado o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Mossoró, ao combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Com a solicitação de isolamento social, os agentes de endemias não estão tendo como entrar nas residências e verificar possíveis focos do mosquito.

Karla Cartaxo, técnica da Vigilância em Saúde de Mossoró comenta que, além do trabalho dos agentes de endemias, a pandemia inviabilizou também as ações educativas em escolas. “O trabalho de prevenção e combate ao Aedes aegypti ainda não é mais intenso em virtude da pandemia. O trabalho intersetorial nasescolas, equipamentos sociais que são grandes parceiros, teve que ser restrito devido ao não funcionamento dos mesmos. A pandemia fez com que as pessoas ficassem em casa, e nós pedimos que a população vistorie seu imóvel, seu quintal, à população precisa ser vigilante, pois na maioria das vezes os focos estão dentro das residências”, relata.

Mesmo com a redução do trabalho em campo, a vigilância em saúde, unidade de vigilância em zoonoses continua realizando ações de combate por todos os bairros, com um trabalho educativo de sensibilização. “Atualmente, estamos com ações intensificas no bairro Santo Antônio, Abolição, Santa Delmira, Redenção, ações integras com as Unidades Básicas de Saúde”, comenta, Carla Cartaxo.

Tratamento a Ultra Baixo Volume (UBV) será usado no combate às arboviroses

Conforme recomendação do Ministério da Saúde para casos de epidemias provocadas por arboviroses, a Prefeitura de Mossoró irá dar início à operação UBV, na cidade. O Tratamento de Ultra Baixo Volume consista na aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume e deve ser restrito a epidemias, como forma complementar para promover a rápida interrupção da transmissão de dengue.

A coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses, Teresa Cristina, informou que ainda não foi definida uma data para o início desta operação, mas que próxima semana será divulgada e o município já está junto com o Estado articulando a operação em toda a cidade.

Devido ao reduzido tamanho das partículas, este método de aplicação atinge a superfície do corpo do mosquito mais extensamente do que através de qualquer outro tipo de pulverização. “Essa operação proporciona um bloqueio de transmissão de vírus, quando atinge o mosquito na fase adulta”, informa, Teresa Cristina.

Jornal De Fato



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