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Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) obtido pelo Jornal De Fato mostra que 140 idosos (acima de 60 anos) morreram vítima de Covid-19 em Mossoró desde o início da pandemia. O número representa 63% dos óbitos registrados na Capital do Oeste e é referente até a última terça-feira, 22.

De acordo com a Sesap, as faixas etárias de 60 a 69 anos e a de 70 a 79 são as recordistas no número de mortes provocadas pela doença. Segundo a pasta, as duas respondiam por 40% dos falecimentos ocasionados pelo vírus neste período.

A faixa etária de 70 a 79 anos teve 45 mortes. Entre os idosos, essa faixa responde pelo maior percentual de óbitos. Das 140 mortes, 32% ocorreram nessa faixa de idade. Logo em seguida, vem os idosos entre 60 e 69 anos. Essa faixa teve 44 óbitos, ou 31%.

Ainda de acordo com o levantamento, houve 37 falecimentos na faixa etária de 80 a 89 anos. O número representa 17% das vítimas fatais da Covid-19 em Mossoró e 26% entre os idosos que faleceram da doença. Houve, ainda, o registro de 14 óbitos de idosos acima dos 89 anos, o que corresponde a 6% do total e 10% de pessoas acima dos 60 anos.

OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS

O levantamento da Secretaria Estadual de Saúde também aponta óbitos de outras faixas etárias na cidade. A Sesap registrou 78 mortes entre pessoas de 15 a 59 anos. O maior número de falecimentos abaixo dos 60 anos ocorreu na faixa entre pacientes de 50 a 59 anos. Essa faixa de idade tinha, até o início dessa semana, 41 óbitos acumulados. O dado representa 19% das mortes ocasionadas pelo vírus na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.

Já a faixa de pessoas entre 40 a 49 anos registrou 21 vítimas pela doença, ou 10% do acumulado de óbitos desde o início da pandemia na cidade. Mossoró registrou 11 mortes pela Covid-19 na faixa etária de 30 a 39 anos, o que representa 5% das vítimas. Somente duas pessoas com idades entre 20 a 29 anos e três na faixa etária de 15 a 19 anos morreram em decorrência do novo coronavírus no município.

O levantamento mostrou ainda que nenhuma pessoa abaixo dos 15 anos faleceu da doença em Mossoró desde a primeira morte registrada na cidade no final de março.

MAIS DE 11 MIL IDOSOS NO RN CONTRAÍRAM A DOENÇA

Até a última terça-feira, 22, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) registrou a contaminação pela doença em 11.538 idosos em todo o Rio Grande do Norte. Até aquela data o estado tinha 67.459 casos confirmados.

Destes números de idosos infectados, 6.131 casos ocorreram em idosos na faixa etária de 60 a 69 anos. Já entre as pessoas com idade entre 70 e 79 anos, o número de contaminados era de 3.602. Houve, ainda, 1.805 casos confirmados entre pessoas de 80 a 89 anos.

O boletim epidemiológico atualizado na última terça-feira trazia o número de 1.644 óbitos de pessoas com 60 anos ou mais em todo o estado. O número representava, naquele momento, 69,8% do total de mortes pela doença no território potiguar.

GRUPO DE RISCO

Relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) colocam os idosos entre os mais suscetíveis e entre aqueles afetados pelos maiores índices de letalidade quando atingidos pelo novo coronavírus. Pessoas acima dos 60 anos costumam ser mais vulneráveis a doenças infectocontagiosas, e a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não é exceção.

Uma série de fatores colabora para que esse grupo seja mais afetado que a população em geral. Entre esses fatores estão o sistema imunológico dos idosos que costuma ser deficiente por causa da idade e mesmo as vacinas tomadas na juventude já não são tão eficazes, portanto, há menos anticorpos no organismo.

Os pulmões e mucosas tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais. O idoso costuma engasgar e aspirar mais, inclusive levando mais a mão à boca, aumentando o risco de contágio. Ele também vai a hospitais com mais frequência, ficando mais exposto a micro-organismos.

Idosos e portadores de doenças crônicas normalmente correm maior risco de contraírem vírus que causam problemas respiratórios, como o influenza, da gripe, e sofrerem mais complicações dessas infecções.

Isso significa que seu organismo tem mais dificuldade para combater o vírus e eles estão mais suscetíveis a sofrer com a resposta inflamatória do próprio corpo no combate ao vírus. Além disso, a presença de doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e diabetes, é mais comum nesse grupo.

Jornal De Fato


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