Cacim

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"A gente quer que a população saiba o quanto custa uma entrega mais barata ou gratuita".

A frase dita a Tilt pelo entregador Edgar Silva, mais conhecido como "Gringo", resume o sentimento de uma categoria. Parte dos entregadores fará nesta quarta (1º) uma paralisação nacional com exigências a apps como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi, em um novo desafio à chamada "economia de bico" no Brasil.

A previsão é que a manifestação ocorra em vários estados do Brasil —inclusive com atos físicos em alguns— e que chegue até a outros países. Além da paralisação, entregadores pedem para que usuários de serviços de delivery não peçam nada ao longo da quarta-feira, em apoio ao movimento.

Essa será uma nova tentativa de os prestadores de serviços a apps chamarem atenção para problemas na relação entre empregador e empregado - que os apps chamam de "parceiros". Anteriormente, motoristas de aplicativos como Uber e 99 já fizeram tentativas de greve, mas o alcance foi limitado.

O movimento começou a ser desenhado nos últimos meses com alguns pequenos protestos e, segundo entregadores, surgiu de forma orgânica em grupos de WhatsApp devido à revolta contra as plataformas. A principal reclamação deles é sobre a precariedade do trabalho, que muitas vezes envolve trabalhar muito e ganhar pouco.

"Só queremos ganhar melhor para almoçar dignamente, trocar peça da moto e não andar precarizado. O novo normal não precisa ser só a mascara e álcool gel, é a forma nova de trabalhar. Só queremos ser remunerados", contou.

UOL


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