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O Rio Grande do Norte registrou a maior redução no volume de vendas do comércio da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio, que acontece desde janeiro de 2000. A queda foi de 11,6% em abril na comparação com o mês de março. Os dados foram divulgados na quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mês de abril foi o primeiro mês completo que sofreu com as restrições de circulação e com o fechamento de parte do comércio não-essencial - o primeiro decreto estadual com restrições aos estabelecimentos foi de 20 de março.
Apesar da queda no volume de vendas, o resultado foi o menor do Nordeste, segundo o IBGE, e o quarto menor do Brasil. A média nacional foi de queda de 16,8%. Já o volume de serviços no Rio Grande do Norte caiu 15,3% em abril na comparação com o mês anterior, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Em comparação a abril de 2019, o volume de vendas no comércio varejista do Rio Grande do Norte caiu 18% - todas as unidades da federação registraram diminuição no volume de vendas neste período.

A Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio) disse, via assessoria de imprensa, que o comércio está em queda em função do atual momento. Apesar disso, a federação aguarda os resultados do mês de maio, período que os especialistas têm afirmado que o impacto não será tão grande quanto o de abril, por conta da liberação do auxílio emergencial.

Segundo a Fecomércio, entre 17 de março e 31 de maio deste ano, a queda no faturamento no setor foi de R$ 192 milhões. A federação disse ainda que mais de 10 mil funcionários já foram demitidos pelas empresas durante a pandemia e que teme o futuro caso a abertura do comércio não esteja entre as medidas flexibilizadas nos próximos decretos.

Na segunda-feira (15), o Governo do RN adiou para 24 de junho a possibilidade de retomada gradual do comércio, que estava prevista para 17 de junho. A medida se deu em função da lotação dos leitos de UTI no estado.

Perdas acumuladas no comércio em 2020

Entre janeiro a abril de 2020, o Rio Grande do Norte teve uma redução de 6,5% no volume de vendas em comparação ao mesmo período de 2019. Segundo o IBGE, das 27 unidades da federação, 24 apresentam números negativos nessa comparação. A média no Brasil foi de Brasil é de 3%.

Na variação acumulada dos últimos 12 meses, o RN teve recuo de 1,7% no volume de vendas. Essa redução foi registrada por outros 14 estados. A médica no Brasil foi positiva, com 0.7%.

O comércio varejista ampliado - que engloba atividades de veículos, motos, partes e peças de material de construção - caiu 14% no RN em abril no comparativo com março. A média é maio que a do Brasil, que foi de 17,4%.

Setor de serviços

Outra queda relevante em abril no comparativo com março foi a no volume de serviços: 15,3%, que representa a segunda maior na série histórica do estado, iniciada em 2011. A maior redução foi em março: 19,4%. De janeiro a abril de 2020, o volume de serviços foi 9,3% que em 2019.

O índice de receita nominal de serviços de abril teve redução de 27,1%, a maior redução em um mês no comparativo com 2019. Assim, a perda de receita é de 7,1% em 2020.

“O estado de quarentena vigente implicou no fechamento obrigatório de diversos estabelecimentos considerados não essenciais, impactando fortemente a receita das empresas prestadoras de serviços”, cita a publicação PMS de abril de 2020.

G1/RN


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