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O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez pronunciamento de 7 minutos na TV e no rádio na noite de 3ª feira (31.mar.2020) para tratar das ações do governo no combate à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus e que já acometeu mais de 5.700 brasileiros.

O chefe do Executivo federal adotou tom mais moderado que em seu discurso anterior, de 7 dias atrás, e cobrou “união” com o Legislativo, com governadores e prefeitos.

Depois de Bolsonaro voltou a citar discurso do presidente da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, destacando a atenção à população mais pobre com as dificuldades econômicas que a paralisia desses trabalhadores pode causar:

“O senhor Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, disse saber que muitas pessoas, de fato, têm que trabalhar todos os dias para ganhar seu pão diário. E que os governos têm que levar essa população em conta. Continua ainda: ‘Se fecharmos ou limitarmos movimentações, o que acontecerá com essas pessoas que têm que trabalhar todos os dias e têm que ganhar o pão de cada dia todos os dias?’. Ele prossegue: ‘Então, cada país baseado em sua situação deveria responder a essa questão’. O diretor da OMS afirma ainda que, ‘com relação a cada medida, temos que ver o que significa para o indivíduo nas ruas. E complementa: ‘Eu venho de família pobre, eu sei o que significa estar sempre preocupado com seu pão diário e isso deve ser levado em conta porque todo indivíduo importa. A maneira como cada indivíduo é afetado por nossas ações tem que ser considerada'”.

Adhanom fez o discurso citado pelo presidente na 2ª feira (30.mar). Já na 3ª feira (31.mar), ele reafirmou a importância do isolamento social. Foi ao Twitter destacar que, de fato, as populações mais vulneráveis necessitam de políticas assistenciais, mas que isso deve ser feito no sentido de garantir que elas também possam cumprir as medidas de proteção contra a covid-19

Em seu pronunciamento, Bolsonaro ressaltou que seu trabalho vai além do período da pandemia. “O efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior que a própria doença. A minha obrigação como presidente vai para além dos próximos meses. Preparar o Brasil para sua retomada, reorganizar nossa economia e mobilizar todos nossos recursos e energia para tornar o Brasil ainda mais forte após a pandemia”.



No dia em o que o país bateu o recorde de mortes por covid-19 –foram 42 óbitos em 24 horas, totalizando 201–, o presidente também fez 1 aceno ao eleitorado. Questionou: “O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, da diarista, do ajudante de pedreiro, do caminhoneiro?”.

Bolsonaro se disse preocupado com a área econômica e afirmou que, apesar do aumento na quantidade de casos confirmados e o número de mortos pela covid-19 ter aumentado, o país deve “evitar a destruição de empregos”.

Pediu, ainda, união entre os Três Poderes, Estados e municípios. “Com esse mesmo espírito, agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todo, num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos. Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade”, disse.

PANELAÇO

Cidades como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram na 3ª feira (31.mar) panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro. É a 5ª manifestação do tipo contra o chefe do Executivo.

A hashtag “Panelaço contra Bolsonaro” era, até as 20h50 desta noite, o 2º assunto mais comentado no Twitter, com 9.542 menções.

Poder 360






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