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Ante o registro de 5.402 óbitos por covid-19 em Milão, o prefeito da cidade, Giuseppe Sala, desculpou-se por ter apoiado a campanha “Milão não para”, lançada há 1 mês a fim de depreciar os possíveis efeitos da pandemia do novo coronavírus no país.

O governo italiano não financiou a produção do material. “Muitos mencionam aquele vídeo que circulava com o título #MilãoNãoPara. O vídeo havia viralizado nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado”, reconheceu Giuseppe Sala, em entrevista à TV italiana.

A região da Lombardia, onde Milão está situada, havia contabilizado 250 pessoas infectadas e 12 mortos pelo novo coronavírus à época. Hoje, a província italiana é a mais atingida pela covid-19: há 32.346 confirmações de pessoas contaminadas e 4.474 óbitos registrados pelos órgãos oficiais do país.

Com 8.165 mortes, a Itália é a nação com maior número de baixas pela doença. A Espanha (4.858) aparece na 2ª posição, seguida pela China (3.292).

‘O BRASIL TAMBÉM NÃO PODE PARAR’

O mote da campanha milanesa é quase igual ao lançado na 5ª feira (26.mar) pelo governo federal: “O Brasil não pode parar”. O conjunto de peças publicitárias custou aos cofres públicos R$ 4,8 milhões e será executado pela agência iComunicação. A propaganda reforça críticas, consideradas irresponsáveis, feitas pelo presidente Jair Bolsonaro às medidas de isolamento social para prevenção à covid-19.

Segundo o chefe de Estado, a recomendação de especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde) é histérica e desmedida, se pesada ao lado dos efeitos negativos que surte sobre a economia.

Poder 360


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