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Uma fábrica clandestina de álcool em gel foi fechada na quinta-feira (27) em Currais Novos, no Seridó Potiguar, pela Polícia Civil. O responsável pelo local, um professor de Química da rede estadual, usava gel de cabelo, álcool e outros produtos para a fabricação. A polícia chegou até o local após um chamado da vigilância sanitária municipal.

A fábrica funcionava nos fundos da casa do professor, mas ele não foi preso, porque não estava na residência quando a polícia chegou. O suspeito se apresentou no dia seguinte, acompanhado de um advogado, na delegacia.

Segundo o delegado Paulo Ferreira, titular da delegacia de Currais Novos, o produto era vendido no comércio da cidade, inclusive para farmácias. Em depoimento, o suspeito contou que repassava por R$ 10 cada 500 ml da solução.

Aos policiais civis, o professor de Química garantiu que seu produto tem concentração de 70%, e que serve para limpar as mãos e objetos. O álcool em gel tem sido bastante procurado após a pandemia do novo coronavírus, pois serve como forma de higienização para evitar o contágio.

Todo o material foi apreendido. O delegado afirma que as amostras encontradas na fábrica clandestina serão analisadas pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP). Por não ter sido detido em flagrante, o homem responderá ao processo em liberdade.

Ainda de acordo com o delegado Paulo Ferreira, ele pode ser condenado por falsificação e produção de substâncias terapêuticas ou medicinais sem autorização da Anvisa, com pena de 10 a 15 anos de prisão, e ainda ainda pelo crime ambiental de produzir substâncias que causem danos à saúde humana também sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Este prevê pena de um a quatro anos de reclusão.

G1/RN


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