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O que foi #FATO e o que foi #FAKE na entrevista do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) no Jornal Nacional desta quarta-feira.

“(Aécio Neves) foi afastado da presidência do partido. Nunca me passou pela cabeça ser presidente do PSDB. Eu só fui eleito presidente do PSDB porque ele foi afastado. O partido fez o que tinha que ser feito: afastou, fez nova eleição, elegeu uma nova direção partidária e o Aécio responde na Justiça” – #FAKE


Aécio se licenciou da presidência do PSDB. Ele não foi afastado, como afirma o candidato.

Em 18 de maio de 2017, Aécio divulgou nota comunicando que estava se licenciando da presidência do partido e indicando à Executiva Nacional do PSDB o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para exercer a função interinamente.

Pressionado, em 9 de novembro Aécio afastou Tasso, reassumiu a presidência e indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para o posto. Ele deixou o cargo. Novamente, não foi afastado.

Em 9 de dezembro, na convenção nacional do PSDB, foi eleito Geraldo Alckmin para a presidência.

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“Em Alagoas… Questão local, eu não sou candidato a presidente da República do Fernando Collor de Mello nem do PTC. O PTC não me apoia, a coligação do PTC não é com o PSDB” – #FATO

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“O Eduardo Azeredo já está afastado da vida pública há quase dez anos” – #FAKE

Eduardo Azeredo renunciou ao mandato de deputado federal em 19 de fevereiro de 2014. Naquele dia, a carta de renúncia foi lida no plenário da Câmara dos Deputados. A leitura do documento era necessária para que o ato de renúncia fosse oficializado.

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“Tínhamos, em 2001, 13 mil assassinatos por ano. Reduzimos para 11,10, 9, 8, 7, 8, e, no ano passado, 3.503, para 45,5 milhões de habitantes. São Paulo é maior que a Argentina” – #FATO

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“Quando o Fernandinho Beira-Mar, que é aqui do Rio de Janeiro, o governo federal não tinha onde colocá-lo, não existia penitenciária de segurança máxima no Brasil. Nós já tínhamos em São Paulo três penitenciárias de segurança máxima” – #FAKE

Fernandinho Beira-Mar chegou à Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, em 27 de fevereiro de 2003. Na ocasião, já existiam pelo menos três presídios de segurança máxima no Rio de Janeiro: Bangu 1, onde estava o traficante, Bangu 2 e Bangu 3. O primeiro foi inaugurado em 1988.

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“Não tem (comunicação com o mundo exterior). Nós temos o scanner, nós temos controle, nós temos penitenciária de segurança máxima antes do governo federal. Tem regime disciplinar diferenciado, isolamento absoluto” – #FAKE

Investigação do Ministério Público de São Paulo revelada em julho deste ano mostra que a facção criminosa PCC mandou matar centenas de pessoas em vários estados do Brasil a partir da Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. As ordens e os pedidos de autorização para o assassinato de rivais da facção chegavam e saíam da penitenciária por meio de cartas, que, depois de lidas, eram descartadas na rede de esgoto, de acordo com a Promotoria. Telas instaladas no encanamento ajudaram a represar o material.

Entre os pedidos de assassinatos estão os que originaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, em janeiro de 2017, que terminou com 26 mortos; a rebelião em Crateús, no interior do Ceará, em outubro de 2017, quando três pessoas foram encontradas mortas a tiros e facadas na Zona Rural da cidade; e o assassinato do agente penitenciário Alex Belarmino Almeida Silva, morto com 23 tiros em setembro de 2016, em Cascavel, Paraná.

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“Você sabe quantos presos nós temos em São Paulo? 228.000 presos, nós temos 22% da população brasileira, 35% da população carcerária” – #FATO

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“Quando eu assumi o governo em 2011, ele (Paulo Vieira de Souza) já estava fora do governo (…) Quando eu assumi o governo, o Rodoanel Sul estava inaugurado e ele não estava mais no governo” – #FATO

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“As minhas campanhas sempre foram feitas de maneira simples. E rigorosamente dentro da lei. Nunca teve cartão nenhum. Aliás, a própria pessoa que fez essa delação, ela nem participou da reunião, ela mesmo disse” – #NãoébemAssim

Quando foi candidato à Presidência da República em 2006, Geraldo Alckmin gastou R$ 79,2 milhões, de acordo com o TSE. Ficou atrás apenas de Lula (PT), vencedor daquela eleição, que gastou R$ 91,4 milhões na campanha.

Nas últimas duas campanhas para governador de São Paulo, foi um dos que mais gastaram, segundo dados do TSE. Em 2010, R$ 34,2 milhões, a maior do pleito, acima de Aloízio Mercadante (PT), com R$ 20,2 milhões, e Paulo Skaf (PSB), com R$ 18,2 milhões. Na campanha para reeleição, em 2014, R$ 40,3 milhões, sendo superado naquela eleição apenas por Alexandre Padilha (PT), que gastou R$ 47,9 milhões.

G1


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