Governo

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Por João Maria Medeiros

Ano de eleição e a politicada se ouriça como nunca. Desde as atitudes mais claras, aos jogos de poder e sedução, sem deixar de lado inclusive, o jogo sórdido de queimação de uns e tentativas de alavancar outros nomes como opções disponíveis para o cenário eleitoral que se avizinha. Todos em polvorosa.
A cada ano eleitoral os procedimentos são os mesmos. Todos falam em nomes, sonham com nomes, mas nunca apresentam um projeto sequer. Nada que possa nos dar pistas do que pretendem, como pensam em enfrentar os graves problemas em todas as instancias: seja do executivo, seja do legislativo.

A política tradicional tem se estabelecido ao longo dos anos centrada somente nomes. Poucos foram os projetos de governo ou mesmo legislativos postos a discussão com a sociedade. Se começa uma campanha eleitoral sem a população saber o que realmente aqueles senhores e senhoras bem apresentados, falando coisas bonitas e beijando criancinhas nas ruas querem efetivamente de nós.

Essa prática de se eleger nomes, geralmente escolhidos em grupos super fechados que privilegiam apenas os seus correligionários, ou mesmo aqueles que podem contribuir com mais vigor para o financiamento das campanhas, tem sido um verdadeiro mal para a nossa democracia. E isso não sou eu quem diz. É o que nos revela as sujas entranhas da política expostas pelas operações do MP e da policia Federal, apesar da espetacularização em que se  transformou essas ações envolvendo políticos.

A falta de um projeto real, concreto, em que considere os problemas e apresente soluções críveis, nada mirabolantes, é uma das causas para o imenso estado de insolvência em que sem encontram boa parte dos estados brasileiros. A politica tem conduzido os destinos da sociedade de forma a manter para os condutores do processo as benesses e outras formas de beneficio, deixando para a sociedade apenas migalhas e o alto preço da conta.

Educação, saúde e segurança é tema recorrente numa disputa eleitoral. Mas todos, sem exceção, não apresentam nada de efetivo. Ficam no discurso fácil, na condução vazia de propostas muitas vezes elaboradas “a toque de caixa” apenas para ser apresentada na televisão. Tem sido assim as disputas eleitorais nos últimos anos. Basta lembrar o que são os debates numa campanha.

A população, essa mesmo que vota e elege, precisa acordar para isso. Ou o Brasil encara uma eleição como momento crucial para os destinos dos problemas mais graves, ou continuaremos a nadar nesse mar de ilusões que só serve aos que se locupletam com a atividade pública. É triste, mas é real.

Fonte: Potiguar Notícias / Coluna de João Maria Medeiros



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