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“Ciência não é gasto, é investimento”. A faixa em destaque na Praça Cívica do Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) expressou a tônica das mensagens externadas durante as atividades específicas da programação no RN do Dia C da Ciência, no último dia 25 de outubro, bem como debates que aconteceram durante a XXIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec) da UFRN, entre os dias 25 e 27 de outubro. 


"O principal fator de desenvolvimento social de uma região é a produção de conhecimento. O contingenciamento em Educação, Ciencia e Tecnologia  traz grandes prejuízos ao nosso estado, seja economicamente ou na área de recursos humanos, como uma fuga de cérebros do país", colocou a reitora da UFRN, Ângela Paiva.


O raciocínio recebeu eco nas palavras do professor João Emanuel Evangelista, um dos painelistas da conferência “A conscientização e o apoio da sociedade são decisivos para a sobrevivência do ensino superior gratuito e de qualidade, e manutenção de um sistema nacional de pesquisa e inovação”, promovida no período da tarde. 


Para ele, “reduzir recursos nessas áreas significa impactar toda a cadeia produtiva local e nacional, com aumento do desemprego e precarização do trabalho. O investimento é estratégico para o desenvolvimento do país”, ressaltou. Em números, ele identificou que a diferença das verbas para as IFES em 2017 e a previsão para 2018 no Plano de Lei Orçamentária Anual é negativa em 21% ao comparar com o orçamento corrigido da PLOA de 2014.


O presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Mineiro, endossou as palavras durante reunião da comissão no período da manhã do dia 25 e cujo tema foi "Ciência e Tecnologia como fatores do desenvolvimento do RN”. Na oportunidade, o parlamentar frisou que as instituições que fazem pesquisa tem um papel de destaque em termos de políticas públicas sociais. Para ele, a UFRN, UERN e Ufersa integram um grupo de órgãos vitais para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.


Prova disso é a mostra das ações que integram a programação da XXIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec), cujo início coincidiu com o Dia C da Ciência. Com a apresentação de trabalhos científicos, minicursos e oficinas, que juntos somam mais de 1.300 atividades, a maior feira científica do estado promove o diálogo entre a sociedade e a universidade, momento no qual a UFRN mostra à sociedade potiguar uma boa parte do que devolve em benefícios para o nosso estado. Durante os três dias de atividade da Cientec, em vários momentos os pesquisadores expuseram as dificuldades pelas quais passam.


O pró-reitor de Pesquisa, Jorge Falcão, alertou para a necessidade do fomento às pesquisas, cujos produtos são essenciais para a melhoria da qualidade de vida. O professor expôs pontos preocupantes sobre os fundos de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico, em que os recursos têm sido utilizados para outros fins, como despesas primárias e amortização da dívida pública. Diante das explanações, a reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, citou que o diálogo com a sociedade é essencial para mostrar a importância das pesquisas e como elas influenciam no cotidiano de todo cidadão.
“O que é feito nas universidades impacta quando precisamos das tecnologias existentes em um hospital, por exemplo. A sociedade e a UFRN precisam defender o investimento digno em pesquisa para o desenvolvimento sustentável”, destacou a reitora.



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