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Quadrilha vendia casas desocupadas que iriam a leilão pela Caixa e aceitava carros de luxo como entrada. Três pessoas foram presas e duas continuam foragidas

estelionato
Rogério Leitão dos Santos, de 39 anos, é considerado o maior articulador da quadrilha. Ele foi preso no Alphaville do Porto das Dunas, onde residia ( Reinaldo Jorge )


















A Polícia Civil do Estado do Ceará desarticulou na última quarta-feira (22) uma quadrilha especialista em estelionato, que atuava em várias frentes na Capital cearense e Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Segundo o delegado Dionísio Amaral, titular do 2º DP, os golpes praticados pelo grupo de cinco pessoas envolviam imóveis, veículos e outros bens de alto valor, tendo girado aproximadamente R$ 10 milhões em negócios ilegais.
Ainda segundo o delegado, que deu detalhes do caso nesta sexta-feira (24), em coletiva realizada no 2º DP, todos os envolvidos já foram identificados, mas apenas três foram presos até o momento. São eles: Rogério Leitão dos Santos, de 39 anos, considerado o maior articulador da quadrilha; Francisco Isaías Lima Luz, de 59 anos; e Patrícia Alves de Oliveira Freitas, de 22 anos.
Dionísio explica que Rogério Leitão, que já respondia por porte ilegal de arma de fogo, foi preso no Alphaville do Porto das Dunas, condomínio de luxo onde residia. Ele se apresentava como empresário, mas, segundo a polícia, era o principal mandante por trás das ações da quadrilha. Isaías Lima e Patrícia Alves, por sua vez, foram detidos no bairro Sapiranga. O primeiro já respondia por estelionato e porte ilegal de arma.
"Ainda estamos procurando Raimundo Dertan Araújo Nascimento, de 43 anos, que já responde por estelionato e formação de quadrilha, e Janaína Freitas da Costa, de 29 anos, que não tem passagens pela polícia. Ambos têm participação confirmada nas atividades da quadrilha e estão foragidos", informou o delegado Dionísio.
Atuação
Conforme a polícia, a atuação da quadrilha era bastante diversificada, mas um golpe era a "marca registrada" do grupo. "Eles pesquisavam as casas que iriam a leilão na Caixa Econômica Federal e, quando constatavam que estavam desocupadas, invadiam o local e se apresentavam como moradores, tentando negociar o imóvel com as vítimas", explica o delegado Dionísio Amaral.
Para justificar a falta de documentos do imóvel, os estelionatários, que vendiam as casas por um preço bem abaixo do mercado, alegavam que estavam com problemas com a Caixa, mas que resolveriam a situação em poucos dias. Como entrada do pagamento, eles aceitavam carros de luxo e supervalorizavam os mesmos na suposta negociação, incentivando as vítimas a fechar negócio.
"Eles pegavam esses veículos como pagamento dos imóveis e repassavam em outros golpes", explica o delegado. Entre os carros que a quadrilha obteve, foram registrados HiluxTroller, alguns modelos da Mercedes Audi, dentre outros. Já entre os imóveis negociados pela quadrilha, destaque para uma propriedade de R$ 800 mil no Porto das Dunas.

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