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Os filhos de dez e 14 anos de Adriana Ancelmo, a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro, estão sendo cuidados por um tio deles e empregados enquanto ela está presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. Segundo o advogado dela, a mulher de Sérgio Cabral estava angustiada com a distância das crianças e ficou aliviada com a decisão do Superior Tribunal de Justiça que confirmou a passagem para a prisão domiciliar.

Ela vai ficar detida no apartamento do casal, próximo à orla do Leblon, o bairro com o metro quadrado mais caro do Rio de Janeiro, na Zona Sul da cidade. Agentes da Polícia Federal devem fazer uma vistoria no local nesta segunda-feira, mesmo dia em que ela pode deixar a prisão.

Em casa, Adriana Ancelmo não poderá usar o celular, o telefone ou a internet. Visitas terão que ser autorizadas e registradas pela Polícia Federal, além de terem que deixar os próprios eletrônicos na portaria do prédio.

A defesa da ex-primeira-dama do Rio rejeitou a crítica de que ela estaria recebendo um privilégio ao obter a prisão domiciliar. A medida havia sido concedida pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal no Rio, mas o Ministério Público Federal recorreu e o benefício havia sido suspenso.

Porém, a defesa de Adriana recorreu ao STJ. O advogado de Adriana, Luis Guilherme Vieira, disse à CBN que a mudança no regime de prisão é algo previsto na lei e que pode ser solicitado por qualquer mulher no regime carcerário.


‘Isso não é uma decisão que a privilegia.

Acho que, em igual situação, todas as mães têm direito porque, enfim, é uma norma legal. Essa modificação do Código de Processo Penal vem ao encontro de toda legislação mais moderna no mundo no que diz respeito ao direito da criança e do adolescente. A preocupação de qualquer mãe é essa e ela não é exceção. Ela é uma mãe. Reencontrar o filho conforta uma mãe, que se sente feliz ao estar ao lado de seus filhos. Adriana não é uma exceção a essa regra.’

Entre os principais motivos da prisão da ex-primeira-dama estão contratos do escritório Ancelmo Advogados com empresas que receberam benefícios fiscais durante o governo Cabral e a acusação de que o casal teria lavado dinheiro de propina através da compra de joias.

*CBN

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