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Rio Grande do Norte registra 35 ataques em 10 cidades

Na Zona Leste de Natal, ônibus foi incendiado no cruzamento da Av. Nacimento de Castro com a Rua dos Tororós (Foto: PM/Divulgação)
A onda de ataques a Ônibus e prédio públicos, ocorrido desde a tarde de ontem, 29 em natal e mais de uma dezena de cidades do RN é destaque na edição de hoje 30 no Jornal Nacional da Rede Globo 
O Rio Grande do Norte registrou pelo menos 35 ataques em dez cidades do estado desde a tarde desta sexta-feira (29). Ônibus foram incendiados e postos policiais alvos de tiros. A instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal, é apontada pelo governo como motivo dos atentados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), 25 suspeitos de envolvimento nos ataques foram presos até às 13h deste sábado (30).


No fim da manhã deste sábado (30) o governo confirmou 32 ataques nas cidades de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, Macaíba, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Florânia, Santa Cruz e Jardim de Piranhas. A Secretaria de Segurança Pública preferiu não detalhar os locais e número de veículos queimados e depredados, mas, de acordo com um levantamento do G1, pelo menos 20 veículos foram alvos de bandidos.
Após essa confirmação, outros três ataques foram registrados: um carro foi incendiado em Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal; três ônibus foram queimados no terminal de Brasília Teimosa, em Natal; e o posto policial de Maracajaú, no município de Maxaranguape, foi alvo de criminosos que jogaram um coquetel molotov no local.
Após os primeiros ataques - na tarde de sexta (29), os ônibus foram recolhidos das ruas por volta das 18h de sexta. A população teve dificuldades para voltar para casa sem o transporte público. Na manhã deste sábado os ônibus voltaram a circular normalmente, mas, após os ataques de Brasília Teimosa, foram recolhidos novamente.
O primeiro ataque a ônibus aconteceu por volta das 14h de sexta (29) na BR-304, em Macaíba. Um micro-ônibus que faz a linha M, entre Natal e Macaíba, foi queimado. Dois criminosos pediram parada, renderam o motorista, ordenaram que os passageiros descessem e tocaram fogo no micro-ônibus. O motorista sofreu queimaduras de 3º grau.
Também foram confirmados ataques à delegacia de Parnamirim, a um posto policial desativado em São Gonçalo do Amarante e a uma base da PM em Natal. O prédio do TRE de Parnamirim também foi alvo dos bandidos. Homens armados dispararam vários tiros contra o prédio na madrugada deste sábado.
RN sofre 35 ataques em 11 cidades (Foto: Arte/G1)
Na manhã deste sábado (30) o governador Robinson Faria voltou a afirmar que o governo não vai se intimidar e não vai recuar. “Eu dei liberdade para que as polícias civil e militar possam agir livremente para defender a população. Nós vamos continuar a instalação de bloqueadores de celulares e vamos instalar em todas as unidades prisionais do estado. Ou temos coragem de fazer esse enfrentamento agora ou jamais iremos vencer essa guerra da segurança pública”, disse.
Alerta
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) emitiu um alerta nesta quinta-feira (28) logo após a circulação, em redes sociais, de áudios supostamente gravados por criminosos em resposta à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Grande Natal.

No documento, assinado pela Coordenadoria de Administração Penitenciária, está escrito: “Cumprimentando-os, inicialmente, sirvo-me do presente para determinar que todas as direções de unidades prisionais e grupos de apoios, tenham maior atenção às suas unidades e que compareçam às mesmas devido a possíveis motins ou rebeliões que possam acontecer neste final de semana em todo Estado. Diante o exposto, determinamos, também, que as equipes de Agentes Penitenciários deverão ficar de sobreaviso para possível acionamento” (SIC).
Já na manhã de sexta, ainda antes de ocorrerem os ataques, as secretarias de Justiça e Cidadania (Sejuc) e de Segurança e Defesa Social (Sesed)  emitiram uma nota na qual afirmavam que todas as medidas para garantir a segurança da população seriam adotadas e que "o Estado não se intimidará com as ameaças".

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