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Gutson Reinaldo, que admitiu desvios no órgão público, vai continuar preso.
Juiz Guilherme Pinto, da 6ª vara Criminal, tomou decisão nesta segunda (29).

Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo é apontado pelo MP como líder do esquema descoberto no Idema (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)

Ex-diretor do Idema, Gutson Reinaldo, vai continuar preso em Natal (Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi)

O juiz da 6ª vara Criminal de Natal, Guilherme Newton Pinto, negou o pedido de relaxamento da prisão do ex-diretor administrativo do Instituto de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Idema), Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, réu confesso de fraudes cometidas no órgão público. No dia 23 passado, o advogado Fabio Hollanda pediu a revogação da prisão preventiva sob alegação de que Gutson vinha colaborando com o processo. Gutson Reinaldo está preso desde setembro de 2015, quando foi deflagrada a operação Candeeiro que investiga desvio de recursos do Idema. Por ser advogado, Gutson está preso em um alojamento no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Natal.

A decisão de Guilherme Newton Pinto foi tomada na manhã desta segunda-feira (29). Em depoimento à Justiça no dia 22 deste mês, Gutson confessou que participou do esquema fraudulento e disse que ficava com 20% do dinheiro desviado. Segundo ele, 60% da verba fraudada ficavam com o deputado Ricardo Motta (PROS) e os outros 20% eram rateados entre dois ou três dos réus do processo. Na sexta (26), Guilherme Pinto remeteu o pedido da defesa para o Ministério Público. O promotor Paulo Lopes, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, opinou contrário ao relaxamento de prisão.
Em nota, o deputado Ricardo Motta negou as acusações. Ele disse que nada do que foi dito é verdade e que tomará as medidas cabíveis. "Não fui responsável por sua indicação, nomeação, tampouco pelos seus atos e jamais aceitarei a calúnia cometida contra a minha pessoa. (...) Estive, estou e estarei à disposição da Justiça. Em sete mandatos de deputado estadual jamais foi encontrada qualquer irregularidade em minha vida pública", afirmou.
Na terça-feira (23), o Ministério Público informou que vai apurar o envolvimento do deputado estadual Ricardo Motta no esquema de fraudes descoberto no Idema. Na sexta (26), o desembargador João Rebouças autorizou a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC), em caráter sigiloso, para apurar a veracidade de citações contra Motta.
Operação Candeeiro
Quatro pessoas foram presas na operação Candeeiro, deflagrada pelo Ministério Público Estadual no dia 2 de setembro de 2015. Um dos detidos foi o filho da ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa do RN, Rita das Mercês Reinaldo. Segundo o MP, Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor administrativo do Idema, é o principal responsável pelo esquema, que teria desviado mais de R$ 19 milhões do órgão. A mãe dele foi presa no dia 20 de agosto na operação Dama de Espadas por suspeita de desvio de recursos públicos na AL. Ela foi solta três dias depois por força de um habeas corpus.

Os demais presos da operação Candeeiro foram: Clebson Bezerril, ex-diretor financeiro do Idema; João Eduardo de Oliveira Soares, também funcionário do setor de contabilidade do órgão; e Renato Bezerra de Medeiros. Todos já foram soltos. O único que permanece preso é Gutson.
Foram emitidos cinco mandados de prisão temporária, 10 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e apreensão em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró. De acordo com o MP, os desvios dos cofres do Idema aconteceram entre os anos de 2013 e 2014.

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