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Brasília (DF) - A chuva não deu trégua novamente neste sábado (28), em Brasília (DF), cidade que recebe o Torneio Quatro Nações Feminino de Handebol. A umidade do ar dentro do ginásio Nilson Nelson obrigou as Seleções de Brasil e Eslovênia interromperem a partida aos 19 minutos do primeiro tempo. A decisão foi tomada pelos técnicos das equipes que preferiram não arriscar a integridade física das atletas por estarem às vésperas do Campeonato Mundial. 

A partir do momento que a Confederação Brasileira de Handebol decidiu realizar o torneio em Brasília, fez diversas vistorias no ginásio Nilson Nelson, porém, nestas ocasiões o clima estava seco e em nenhum momento a entidade foi comunicada sobre a existência de goteiras no local. Esta semana, quando a organização já estava trabalhando para deixar tudo pronto, tomou conhecimento do fato no momento em que estava instalando o piso e viu as goteiras durante a chuva. Todas as providências foram tomadas para solucionar o problema, mesmo não sendo responsabilidade da entidade a parte estrutural do local. Uma empresa especializada foi contratada para fazer os trabalhos de forma emergencial, indicada pelas autoridades do Distrito Federal, e conseguiu diminuir o problema. Porém, a chuva foi muito forte e não foi possível conter todos os pontos. 

Como o ginásio já havia sofrido com a chuva ontem - obrigando as partidas da rodada de abertura a serem canceladas -, e permaneceu com algumas goteiras, esta manhã, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Brasília também tentou resolver o problema. Eles detectaram os furos na cobertura do ginásio, que é feito de uma espécie de vinil. Como esses furos começavam a pingar nas calhas, foi colocada uma lona na quadra, as calhas foram abertas e a água retirada. Depois disso, essa lona foi colocada no teto do ginásio para cobrir e evitar as goteiras. No momento da partida não havia goteiras na quadra, porém, a umidade do ar ainda estava muito alta, já que a chuva não parava. Com isso, os técnicos tomaram a decisão de interromper a partida.

"A Confederação Brasileira de Handebol está extremamente chocada e triste. Não existem palavras que possam expressar o sentimento que temos em um momento como esse", frisou o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira. 

"Nós tivemos todos os cuidados possíveis e imagináveis para trazer a Seleção campeã mundial para uma última fase de treinamento. Escolhemos a capital federal, um lugar onde o handebol é muito praticado, tem muitos seguidores, e onde se presume que tenha um equipamento esportivo de altíssimo nível, como poucos no País. Tivemos o cuidado de vir aqui diversas vezes. As informações sobre as adequações que a Secretaria de Esportes nos deu para que fossem feitas, a Confederação fez. Nós contratamos geradores para que não faltasse energia, equipe de limpeza, ambulâncias, brigadistas, instalamos um piso de acordo com as determinações da Federação Internacional. Porém, em nenhum momento nos passaram a informação de que o ginásio tinha goteiras. Essa semana, quando detectamos isso, buscamos fazer de tudo para resolver o problema. Nos indicaram uma empresa que poderia fazer um serviço de emergência. Nós contratamos essa empresa e tentamos de todas as formas que isso tudo desse certo. Infelizmente não deu", disse o dirigente. 

O presidente da Federação de Handebol do Distrito Federal, Antônio Carlos Falcão, acompanhou todo o processo de vistorias e reforçou que não foi avisado das goteiras. "Há meses estamos tratando da documentação para poder utilizar o ginásio. Fizemos várias visitas ao local e em momento algum nos alertaram que teríamos que mexer em qualquer coisa no teto porque chovia dentro do ginásio. Em momento algum nos disseram que teríamos que fazer reparos no teto", declarou Falcão.

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