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Elviro Rebouças é economista e empresário

A semana que termina neste 31 de maio trouxe alguns fatos que varreram o noticiário mundial. Da nebulosa corrupção e prisão de dirigentes da FIFA, em Zurique, na Suíça, (você leitor já encontrou explicação para aquela goleada da Alemanha no Brasil de 7 x 1, em Belo horizonte, pela Copa do Mundo de 2014?),quando Joseph Blatter foi reeleito Presidente da entidade, pelo FBI dos Estados Unidos, entre os quais o brasileiro José Maria Marin, ex-governador do Estado de São Paulo e atual Vice-Presidente da CBF; A viagem programada com antecedência da Presidente Dilma Rousseff ao México, em busca de elevar o nível de entrelaçamento comercial com o terceiro país mais importante das Américas; A nossa Câmara Federal aprovando, em primeiro turno, o fim da reeleição para os cargos executivos (Presidente da República, Governador de Estado e Prefeito Municipal e os seus respectivos vices),entre outras. Foge ao bom alvitre uma marcha inócua de quase 3,5 mil Prefeitos sobre Brasília, na busca de (inexistentes) recursos adicionais em favor dos seus municípios (com a Presidente fora do país e os Ministros da Economia e do Planejamento anunciando o corte R$.69,9 bilhões dos ministérios para este ano, evitando acontecer outras desastrosas pedaladas fiscais). De concreto, meu caro leitor, em passagens aéreas, acompanhantes em alto luxo, hotéis, refeições e deslocamentos dos nossos viajados e bem vestidos alcaides, os erários municipais empobreceram mais, isto sim é régio, em vários milhões de reais. Orlando Silva, o cantor das multidões nos anos dourados, cantaria para suas excelências, vivo fosse “nada além do que uma ilusão”.
Mas, o maior absurdo da semana, e dificilmente pode se dormir sossegado com isto, com a vitória do Governo Federal na aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal pelo Senado Federal, sem dúvida foi após o Senado aprovar nesta quinta-feira (28) a medida provisória que aumenta impostos sobre produtos importados – que faz parte do pacote de ajuste fiscal do Palácio do Planalto – vários senadores criticaram no plenário emenda incluída no texto pelos deputados federais que autoriza a Câmara e o Senado a celebrarem parcerias público-privadas (PPPs), idéia patrocinada pelo Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), idealizador da proposta. A emenda viabiliza a construção de mais prédios no complexo da Câmara para abrigar, além de gabinetes parlamentares, até mesmo uma espécie de “shopping”, com lojas, restaurantes e um estacionamento subterrâneo com 4,4 mil vagas. O valor total da obra é estimado em R$ .1,1 bilhão. Nas PPPs, a iniciativa privada arca com a obra e, em contrapartida, pode explorar serviços ou áreas do empreendimento. Considero, é a minha opinião pessoal, um escárnio ao pobre eleitor, de Natal ou Mossoró, de Areia Branca ou Marcelino Vieira, de Alexandria ou Caicó, de Extremoz ou Luiz Gomes, de São Miguel ou Canguaretama, de Grossos ou Caraúbas, de Ceará Mirim ou Severiano Melo. É a mistura urticária e degenerativa do mais expressivo sentimento de uma população – a escolha dos seus representantes políticos – atrelando-se a negociações comerciais escusas (estamos aí com escândalos bilionários na Petrobrás, no BNDES, na Eletrobrás, e suspeita pairando na própria Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Basta insaciáveis!

O PIB DESABOU 0,90% NO PRIMEIRO TRIMESTRE NA COMPARAÇÃO COM UM ANO
A economia brasileira encolheu 0,2% no primeiro trimestre frente ao quarto trimestre de 2014, informou o IBGE nesta sexta-feira. É o maior recuo na série com ajuste sazonal (frente ao trimestre anterior) desde o segundo trimestre de 2014, quando a economia teve perda de 1,4%. Analistas esperavam recuo de até 1%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 1,6%, a maior na comparação anual (trimestre contra igual trimestre do ano anterior) desde o segundo trimestre de 2009, quando foi registrado recuo de 2,3%. Considerando o acumulado em 12 meses, o PIB caiu 0,9%. Isso significa que, se o ano tivesse terminado em março, a economia teria registrado perda de 0,9%, o pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, quando a perda foi de 1,3%. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) ficou de R$ 1,408 trilhão entre janeiro e março. Pelo lado da produção, a única atividade a registrar alta do PIB no primeiro trimestre foi a agropecuária, que avançou 4,7% frente ao quarto trimestre. Frente ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 4%. Em valores correntes, a agropecuária somou R$ 79,6 bilhões ao PIB. A indústria caiu 0,3% na comparação com o fim de 2014. Frente ao mesmo período do ano passado, recuou 3% a maior desde o segundo trimestre de 2014 (-3,6%). Na comparação com um ano atrás, o setor foi prejudicado por um tombo de 12% na produção e distribuição de eletricidade, gás e água — o maior revés desde o quarto trimestre de 2001, quando caíra 15,8%. Naquele ano houve racionamento forçado (“apagão”) de energia. Ano difícil este 2015, e isto eu comecei a perceber e escrever para você leitor, desde junho do ano passado. Devemos enfrentá-lo com determinação, muito trabalho, dedicação e planejamento prévio. Falta de investimento privado e competitividade são maiores dificuldades para economia brasileira. Afora os claros desacertos na área da economia no primeiro governo de Dona Dilma Rousseff.

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