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SalinasA disputa mantida entre produtores de sal potiguares com a indústria salineira chilena resultou numa operação desencadeada ontem em empresas do setor situadas em Mossoró, Natal e no Rio de Janeiro.
A ação realizada a pedido da Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) busca esclarecer denúncia formulada por uma empresa do Rio de Janeiro que mantém interesse na abertura de mercado para o produto chileno no Brasil.
Segundo a denúncia, empresas que atuam no setor estariam atuando com a prática de cartel para a obtenção de vantagens, a partir da concentração produtiva mantida em solo potiguar.
O superintendente do Cade, Diogo Andrade, afirma que as empresas investigadas são responsáveis por aproximadamente 80% da produção nacional de sal.
Diante da denúncia, as equipes cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos e equipamentos em empresas salineiras do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro que serão utilizados como subsídio para o esclarecimento da denúncia.
Segundo informações repassadas pelo superintendente estadual da PRF, Rosemberg Medeiros, a ação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Mossoró, um em Natal e um no Rio de Janeiro, onde os grupos mantêm escritórios comerciais.
Na tarde de ontem, três importantes entidades de representação classista se posicionaram com relação à conduta adotada para a busca das informações.
Em nota de repúdio encaminhada à imprensa, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o Sindicato da Indústria da Extração do Sal no Estado do Rio Grande do Norte (Siesal) e o Sindicato de Moagem e Refino de Sal do Rio Grande do Norte (Simorsal) condenaram a forma truculenta aplicada para a obtenção das informações.
"Repudia-se as medidas truculentas tomadas pela Autarquia Federal em tela, sob os auspícios de meros e infundados indícios, assinalados na Averiguação Preliminar nº 08012.005882/ 2008 instaurada pela Secretaria de Direito Econômico - SDE do Ministério da Justiça, com a motivação de, simplesmente, melhor apurar os fatos, sem querer, portanto, a constatação de qualquer irregularidade", destaca a nota. 
ARTICULAÇÂO
A operação contou com apoio técnico de servidores do Ministério Público Estadual e de Peritos da Polícia Federal.
Participaram da operação 42 policiais rodoviários federais, 22 agentes técnicos do Cade, 18 oficiais de justiça e dois agentes de Segurança da Justiça Federal, além de quatro peritos da Polícia Federal e a Advocacia Geral da União.

Fonte: O Mossoroense

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