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Liminar que autorizou a transferência do bicheiro foi concedida na segunda-feira



Viaturas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) acompanham a transferência de Carlinhos Cachoeira
Foto: Luciano Lellys

Viaturas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) acompanham a transferência de Carlinhos Cachoeira (Foto: Luciano Lellys)
MOSSORÓ (RN) - O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi transferido no final da noite de terça-feira da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) para Brasília, onde chegou em um voo comercial às 8h05m desta quarta-feira. Trinta e cinco minutos depois, ele já estava na Penitenciária da Papuda. Na terça-feira, o Congresso reuniu o número de assinaturas necessárias para a criação da CPI para investigar as relações do bicheiro com políticos e empresários.

Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, o bicheiro ficará no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em uma área destinada à presos da Polícia Federal (PF). Lá, dividirá cela com mais 22 presos.
O comboio formado por três viaturas saiu por volta das 23h20m de Mossoró com destino a Fortaleza, no Ceará, a 260 km de distância, onde agentes e Cachoeira pegaram o voo. Segundo a assessoria, a transferência de Cachoeira foi uma operação delicada, com vários critérios de segurança, não sendo possível fazer uma divulgação prévia dos detalhes.
Carlinhos Cachoeira está preso desde o dia 28 de fevereiro após ser detido em Goiânia, na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, acusado de explorar jogos ilegais de azar e comandar um grande esquema de corrupção.
A liminar que autorizou a transferência do bicheiro para a Penitenciária da Papuda foi concedida na noite de segunda-feira pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Cachoeira pensa em comparecer à CPI no Congresso
Ao longo da última semana, pessoas próximas ao bicheiro relataram a indignação de Cachoeira por ser tratado como o líder máximo de uma organização criminosa. Ele rejeitou proposta para ser beneficiado pela delação premiada, mas pensaria em comparecer à CPI mista, que deverá ser instalada no Congresso, para responder às perguntas sobre o seu envolvimento com políticos de diferentes partidos e empresários.
Segundo relato de familiares, por ora, os políticos graúdos, “verdadeiramente amigos da família”, não o abandonaram. Apesar do regime rigoroso no presídio de segurança máxima de Mossoró, Cachoeira recebe relatos sobre a evolução do noticiário.
A advogada de Cachoeira, Dora Cavalcanti, diz que a defesa não referenda as “especulações” sobre o estado de ânimo do cliente.
— Ele está abalado fisicamente. Ele esteve doente, mas recebeu apenas soro — afirmou a advogada.

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