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Em meio ao tédio vivenciado pela política local, onde muito tem se visto o mero exercício da dança do acasalamento, onde o objetivo principal é o alcance do poder, em detrimento de termos apresentado algum projeto de governo e, sim, "projetos de poder", seja de "continuar no poder", seja de "tomar o poder" - processo esse já ocorrido em nossa capital e no estado, com resultados já bastante conhecidos. Também para não recorrer à meras especulações, pois fatos políticos relevantes, fato é que não tem ocorrido nas últimas horas e dias,  imputei-me ao deleite de assistir coletânea de DVDs com espessa história do maior fenômeno da música mundial: THE BEATLES.

Seu sucesso fora pano de fundo para o período de repressão que o Brasil viveu com o golpe militar de 64. Certamente, se existiu alguma trilha sonora internacional para esta página negra na história da política brasileira, ela está entre uma das faixas de um de seus álbuns que mais tarde viria a conquistar e encantar o mundo.


Que me corrijam os dois pricipais betllemaniacos provincianos: Togo Ferrário e Emerson Linhares.

Em uma época onde não existia o chamado show Bussines, o quarteto de Liverpool foi experimentando aos poucos do sucesso sem muita consciência do que lhes ocorria. Pois nada fora planejado por empresários como ocorre hoje. Fica claro isto em seus semblantes durante as entrevistas.

Tivesse ocorrido nos tempos atuais, com todo o aparato tecnológico e de comunicação, nível de produção de shows, planejamento de marketing e mídia, o sucesso dos  Beatles seria algo imenseurável. Muito - mas. muito mesmo - além do que alcançou Mikhael Jackson, Alvis Presley, Madonna e tantos outros que os sucederam.

Porém, não será o sucesso inconteste destes quatro rapazes o foco principal da nossa abordagem Mas, sim, as excentricidades de cada dos componentes, patentes no documentário, que é composto por 08 DVDs.

Apesar da característica física comum ressaltada pelos cabelos escorridos que os deixavam "iguaiizinhos", na verdade logo evidenciam-se quão diferentes eram em seus comportamentos e performances artísticas, o que mais tarde dariam a cada um a capacidade da caminhada solo, com mais destaque, seguramente, para a dupla Paul e Lennon.

Prendendo-se um pouco nas feições físicas, vemos que apenas Lennon fazia o tipo "mocinho" com medidas dos rostos em boa hamonia simétrica (para evitar  dizer que o cara era bonito). Os demais, apresentavam até mesmo uma certa desarmonia em seus rostos, principalmente o Ringo. Ou seja, Lennon poderia personificar o que seria hoje o crooner-galã da banda. Mas nem isso o absolutismo do grupo permitiu, pois assim o público já se dava por satisfeito.

Mas, vamos às impressões marcantes de cada um a nosso ver:

RINGO Star:  foi não só o baterista da banda. Nas entrevistas o mais falante, talvez para compensar o quase não uso da voz nos palcos, embora vez por outra protagonizava algumas cenas de irreverência no palco, onde chegou a cantar algumas músicas sem muito sucesso. Na prática, era o ponto aglutinador da banda. Chegou a ser substituido por NICOL pelo curto período de 15 dias. Mas, logo voltou.

GEORGE Harrison: o de menor expressão. Não compôs muito - embora esse fosse quase um compromisso velado por todos - e fazia sempre umas das segundas vozes ou coral. Talvês por este fato virou meio que o "ponto de equlíbrio"da banda, no palco e nos bastidores. Pesou para ele está ladeado na guitarra por Paul e Lennon. Mesmo eclipsado, era talentoso - não estaria no grupo sem essa condição. Tanto é que mais tarde, em  carreira solo, faria sucesso, lá pelos anos 80.

PAUL Mcartney: tinha o rock na ponta da língua, sentia o público. Talvez o mais antenado do grupo. farejava o sucesso. Este sim, pensava o que falava, nas entrevistas e no palco. Seguramente o que mais se aproximava do que se pode chamar de astro pop, pois tinha rítmo e empolgava  a platéia, tanto com as batidas das cordas de sua guitarra, quanto com o vocal. Já era muito profissional.Como hoje, o é.

John LENNON: este, virou lenda. Junto com Paul, era responsável pelas principais composições de sucesso do grupo. Seu ponto mais forte, inclusive. Seus trejeitos contrastavam com a fisionomia de mocinho e paradoxalmente se postava como o mais fora de órbita da turma. Mas tinha impregnada a vocação para o sucesso, o estrelado. A carreria solo fora inevitável, onde atingiu o apogêu com: Imagine. Um tiro que partiu do público tirou-lhe a vida.

As vezes penso, cá comigo: aquela bala era para o grupo que conquistou  e enloqueceu o público, mas escolheu Lennon como seu ícone principal. Não precisava enlouquecer tanto assim...

Beatles. Para sempre, Beatles.

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