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Agora é a Polícia Militar que dá sinais de rebelião. Mais que uma greve, a entidade sindical dos policiais militares anuncia uma aquartelamento que será precedido pelo estado de assembleia permanente, o que representa um sinal amarelo, para a próxima etapa. Insensível, o governo não negociará. Deverá esbravejar ameaças, o que não assusta policiais indignados com péssimas condições de trabalho e padrão de vida inferior ao dos marginais. Isto significa dizer que teremos as ruas esvaziadas de policiamento. E mais roubos, mais assassinatos, mais desassossego. Sempre que se fala em Segurança Pública, se diz que é necessário ter, calçando o trabalho de prevenção e de repressão, um trabalho de inteligência. A julgar pelos resultados, inteligência não é o que se vê em nosso Estado no que tange à questão da segurança. E não só... Zé Antonio, da Rádio Difusora, no seu Programa Cidade Aflita de ontem, chamava sem meias palavras, como é próprio do seu estilo, o governo Rosalba, de "Governo Sem Inteligência". E parece que não se referia somente à questão da inteligência policial, mas ao contexto geral do governo, que não negocia, não avança, não mostra um rumo, não diz a que veio, não aponta para onde quer ir, já que não está indo a lugar nenhum... No âmbito geral existe hoje uma figura extremamente odiada, hoje, no Rio Grande do Norte. É o ex-deputado e jurista brilhante, Paulo de Tarso Fernandes, filho do famoso Aristóphanes Fernandes que vi nos tempos de menino, fazendo um discurso na calçada da igreja de Santo Antonio do Salto da Onça, botas no joelho, cachimbo na boca, discurso fluente. Paulo é filho também de Maria do Céu Fernandes, irmã de Cortez Pereira, primeira mulher do Brasil a ser deputada. Paulo de Tarso está conseguindo tirar de Carlos Augusto o troféu da antipatia. Historicamente chamado de Ravenghar, por sempre tomar a si a tarefa das notícias ruins em governos de Rosalba, Carlos, que não precisa de votos, pouco liga para simpatias. Mas, incrivelmente Paulo de Tarso conseguiu encobrir até a imagem negativa do velho e indefectível "Ravenghar". É ele, hoje, o símbolo da rejeição. O que se espera é que Rosalba, ao contrário de Paulo de Tarso, consiga enxergar alguma luz no céu e encontrar o seu próprio "Caminho de Damasco". Há um clima de intransigência no governo que gera um clima de radicalismo nos grevistas. E que começa a descambar para um sentimento de ódio que pode prejudicar indefinidamente a imagem da governadora, mais do que imaginam seus ideólogos. A situação de Rosalba, como disse o deputado Fernando Mineiro, ainda não deve ser equiparada à da prefeita Micarla, mas... Com tamanha inabilidade, ela não perde por esperar. 

Crispinianio Neto
* Extraído de sua Coluna publicada diariamente no Jornal de Fato

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